Foto: Félix Zucco/Agência RBS
Familiares e amigos dos dois jovens assassinados na semana passada, em Porto Alegre, protestaram na tarde deste domingo pedindo justiça e mais segurança na Capital. Mais de 50 pessoas se reuniram e bloquearam, por cerca de uma hora, a esquina das avenidas Ipiranga e João Pessoa, em frente ao Palácio da Polícia.
Max da Rosa e Leandro dos Santos, ambos de 28 anos, foram mortos a tiros na quinta-feira, na Rua Doutor Julio Bocaccio, no bairro Santo Antônio. O crime aconteceu por volta das 23h. Segundo a polícia, uma dupla em uma motocicleta verde passou via atirando contra os jovens, que estavam em frente a um posto de gasolina.
Foto: Félix Zucco/Agência RBS
Ainda abalado pela morte do irmão Max, Alexandre da Rosa acredita que os dois possam ter sido confundidos com traficantes da região. No entanto, garante que eles não tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
- Eram dois inocentes. Estamos pedindo justiça e segurança. A gente não tem mais segurança nessa cidade - protesta Alexandre.
- Perdi meu irmão porque ele foi confundido com traficante e ele nunca teve envolvimento com essas coisas - acrescenta a irmã de Leandro, Mirella dos Santos.
Por enquanto, a polícia ainda não identificou os suspeitos do crime. Imagens de câmeras de segurança próximas ao local onde os dois jovens foram mortos devem ajudar nas investigações. Um dos amigos das vítimas, que estava no protesto, acha que os autores do crime residem no condomínio Princesa Isabel.
- Todo mundo sabe que eles vieram dali. Esses caras que moram no carandirú (como é conhecido o condomínio) acham que são os donos da região. Todo dia tem morte ali dentro também, tráfico, e a polícia não faz nada - disse o jovem, que preferiu não se identificar.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) acompanhou a manifestação e orientou os desvios aos motoristas.
*Zero Hora
