O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta sexta-feira uma unidade dentro do PMDB.
- Temos que reunificar o partido. Essa divisão não interessa a ninguém. Não interessa ao PMDB, não interessa aos peemedebistas e a meu juízo é prejudicial ao governo - afirmou.
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- O governo fez a sua parte, atendeu à Câmara dos Deputados - um segmento importante no partido - tratou e correspondeu às expectativas com dois grandes ministérios [Saúde e Ciência e Tecnologia], então há que se esperar que a Câmara dos Deputados dê a resposta correspondente. O presidente Michel Temer vai trabalhar para que o PMDB tenha um comando só, uma voz só - acrescentou.
Segundo Padilha, a ampliação do espaço do PMDB na Esplanada dos Ministérios deve pacificar os ânimos entre os parlamentares da sigla na Câmara, que resistiam a propostas consideradas fundamentais pelo governo para o ajuste fiscal.
- Penso que o governo fez a sua parte. A presidente Dilma foi ao limite extremo, dando o Ministério da Saúde e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Câmara dos Deputados. Penso que o governo fez o gesto, agora há que se esperar correspondente reação da parte de quem foi tão beneficiado - disse.
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O líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE) está otimista com a recomposição da base. Para ele, a reforma atende a questões fundamentais como nova governabilidade, interação e diálogo com os partidos e parlamentares.
- É um recomeço com solidez, espírito de grandeza e recomposição da nossa base. Não há esse negócio que o PT perdeu e outro partido ganhou. A reforma atende à nova governabilidade, portanto não tem essa de partido A ou B ficar chateado, muito pelo contrário, são as exigências do momento. Indicamos os melhores para ocupar as funções, estou otimista - disse.
Leonardo Picciani, líder do PMDB, também na Câmara dos Deputados, afirmou que a reforma, que aumentou o espaço do partido na Esplanada, vai consolidar a governabilidade da presidente Dilma Rousseff.
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- A governabilidade não é em benefício de um partido, do Congresso, ela é importante para o país - declarou.
Segundo o deputado, apesar de divergências dentro da legenda, a maioria de seus membros "defende um apoio irrestrito" à governabilidade. Na quinta-feira, um grupo de 22 deputados do PMDB assinou um manifesto contra o que classificou de "barganha", as trocas de cargos em ministérios por apoio político.
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), também acredita que a reforma, com mais espaço para o PMDB, consolida o apoio ao governo na Câmara e no Senado.
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De acordo com o senador, na nova formatação, todos os partidos da base aliada estão bem representados. Segundo ele, o PT, que perdeu espaço na Esplanada dos Ministérios, "entendeu bem o momento".
Delcídio afirmou ainda que o corte de salários dos ministros em 10% mostra para a população que o governo está fazendo o dever de casa.
- E também consolidando o governo de coalizão, trazendo os partidos para governar conosco, ajudar na implementação de política - disse.
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O primeiro teste do governo sobre o efeito da reforma ministerial será na próxima terça-feira, quando está marcada sessão conjunta da Câmara e do Senado para apreciar vetos da presidenta a propostas que aumentam os gastos do governo. Um deles é o veto à proposta que concede reajuste aos servidores do Judiciário, que variam entre 53% e 78%.
- Será um grande teste a sessão do Congresso Nacional. Vamos tomar a temperatura de como é que essas medidas vão funcionar, até porque temos vários projetos na área de economia para votar. Acho que a presidente está dando o exemplo, mostrando para a população que o governo está fazendo a lição de casa e também consolidando um governo de coalização, trazendo os partidos para governar conosco, para nos ajudar na gestão, na implementação de políticas e ao mesmo tempo olhando a Câmara e o Senado - avaliou Delcídio Amaral.
*Agência Brasil e Estadão Conteúdo