A paralisação de quatro dias dos servidores estaduais, devido ao parcelamento dos salários, impediu que 240 presos fossem deslocados na segunda-feira entre presídios e para audiências em todo o Rio Grande do Sul. O número foi divulgado na manhã desta terça-feira pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). As informações são da Rádio Gaúcha.
O Núcleo de Segurança e Disciplina (NSD), responsável pelo serviço entre a Capital, cidades do entorno e Charqueadas, região com maior número de detentos no Estado, está parado. A sede fica no bairro Intercap, na zona leste de Porto Alegre, e os agentes, segundo a Amapergs (sindicato da categoria), estão deixando de transferir cerca de cem detentos diariamente.
Flávio Berneira, presidente da instituição, relata que os agentes estão se juntando a outros servidores para participar de protestos, além de montarem piquetes no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) e no Presídio Central, ambos na zona leste da Capital. Em Charqueadas, policiais militares que prestam serviço de segurança nas casas prisionais, como na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), foram impedidos de ir até as cadeias.
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Assim como nos protestos realizados em agosto, os agentes anunciaram que na próxima quarta-feira não impedirão as visitas de familiares de presos. No entanto, cada apenado poderá receber apenas uma pessoa, e não será permitido o envio de pertences. Em média, segundo a Amapergs, cada preso vê até três familiares por visita.
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