Com o parcelamento de salário, é justa e compreensível a greve no serviço público estadual. O contribuinte em geral entende e apoia o movimento. Pelo monitoramento nos canais de interatividade da Rádio Gaúcha, vejo que as pessoas se colocam no lugar dos servidores e de seus familiares. O movimento grevista pode jogar a solidariedade no lixo se trocar o foco, que deve ser no governo e nos deputados.
Não dá para entender o motivo de um grupo de professores bloquear a garagem da empresa de ônibus de Caxias do Sul. Quantas pessoas prejudicadas. O grande número de bloqueios no trânsito em Porto Alegre nesta manhã também gerou muitas mensagens de ouvintes indignados com os transtornos. O recado do funcionalismo já está sendo dado ao governo com a adesão maciça à greve. Não é necessário penalizar o contribuinte com bloqueios em garagens de ônibus ou das ruas.
O cidadão já é punido quando continua pagando impostos e não recebe serviços, com ou sem greve. Se parar a iniciativa privada, que paga os impostos e passa por maus momentos nesta crise econômica, será um tiro no pé de todos.
Os servidores estaduais fazem uma greve histórica. Não lembro de adesão tão expressiva nas escolas, por exemplo. Que o foco continue na sua luta e naqueles que podem e devem resolver o problema.