Depois da greve de professores estaduais, o Cpers está condicionando a recuperação das aulas perdidas ao abono das faltas dos docentes. O tema foi discutido em reunião de mais de uma hora entre o secretário de Educação, Carlos Eduardo Vieira da Cunha e a direção do sindicato na manhã desta quarta-feira. As informações são da Rádio Gaúcha.
A presidente da entidade, Helenir Schürer, destaca que as escolas foram orientadas a só elaborarem os calendários de recuperação após a garantia de que não haverá descontos nos salários.
- A condição é a garantia que não teremos o salário descontado, até porque não é possível a gente, tendo o salário parcelado, ainda sermos penalizados com o corte do ponto - alegou Helenir.
Vieira da Cunha garantiu que vai levar a reivindicação o restante do governo estadual e dará uma resposta à categoria na segunda-feira, quando está marcada uma reunião para as 15h.
- Vai depender da posição do governo. Não se tratou de um movimento específico da área da educação, houve um movimento unificado, então vamos ver até que ponto o governo vai tratar a situação do magistério de maneira individualizada em relação às demais (categorias) - disse.
O secretário admitiu que algumas escolas ainda terão aulas em janeiro para atender às determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que prevê que o calendário escolar tenha 200 dias letivos e 800 horas/aula.
Segundo levantamento da Rádio Gaúcha, os alunos de escolas em greve tiveram 14 dias parados e outros 15 com turnos reduzidos. Além disso, nos dias 15 e 22, alguns colégios também tiveram prejuízos em razão de paralisação de professores para acompanhar as votações na Assembleia Legislativa.