As equipes do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) começarão a analisar os pinguins mortos no Litoral Norte gaúcho na manhã desta quarta-feira (9). O biólogo do Ceclimar Ignacio Benites Moreno ressalta que a maioria dos mais de 600 animais não deve ser removida, já que o ideal é a decomposição natural das aves.
Em pontos mais movimentados da faixa, as prefeituras poderão enterrar os pinguins à beira-mar.
"Iremos percorrer a costa e ver se a situação foge muito do normal. Vamos contar e marcar os animais, além de coletar algumas informações para tentar entender esses padrões de ocorrência", explica.
Benites destaca que a morte de centenas de pinguins tem sido comum nesta época do ano na região, sob influência do fenômeno El Niño (corrente equatorial quente do Pacífico). "O que nós estamos presenciando é um fenômeno natural, que está sendo agravado pela ação humana, com o exesso de lixo nas praias, por exemplo", afirma.
O Ceclimar recomenda que os veranistas evitem contato com os animais mortos. Caso ainda estejam vivos, o ideal é não se aproximar e avisar a Patrulha Ambiental, pelo telefone (51) 3661-4620.