Adolescente que contou ser "acusado" de três homicídios é suspeito da morte de mais duas pessoas

Depois de a reportagem do "Diário" ter acesso a gravações em que um adolescente de 17 anos, apreendido após um assalto à casa de um empresário no dia 1º de setembro, contar que é "acusado" de três homicídios em Santa Maria, surgiram mais duas mortes em que a suspeita de autoria recai sobre o adolescente.

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De acordo com um policial, que pediu para não ser identificado, em reunião na tarde de quarta-feira, chegou-se a essa suspeita.

Homem é morto na Praça Saturnino de Brito

Na reportagem publicada na edição de quinta-feira, o adolescente diz ser "acusado" de ter matado João Eduardo Camargo, 30 anos, no dia 15 de agosto, na Praça Saturnino de Brito, após a festa dos calouros, Luís Aílton Nascimento da Silva, 48 anos, em 15 de março, no Residencial Zilda Arns, no bairro Diácono João Luiz Pozzobon, e o travesti Dartagnan Vargas da Silva, 35 anos, em 13 de junho, na Vila Maringá. Mas ele também seria suspeito da morte de Patrick Silva Ortiz, 20 anos, em 13 de agosto, no bairro Tancredo Neves, dois dias antes do crime na Praça Saturnino de Brito. O quinto caso não foi informado.

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Conforme o policial, que participou de investigações envolvendo o suspeito, o adolescente queria ser conhecido por sua maldade. Outro fato é que ele queria ser identificado como um integrante da facção "Bala na Cara", que surgiu em Porto Alegre e age em toda a Região Metropolitana.

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Isso se deve também pelo modo como o suspeito executaria suas vítimas. Dos quatro homicídios mencionados, em três deles as vítimas foram mortas com tiros na cabeça.

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- Ele é filho de pais separados, e o padrasto colocou ele para a rua. É um antissocial, tem uma personalidade totalmente desajustada. Dá para dizer que é um sociopata, chega a beirar ser um psicopata. Acabou se juntando com bandido e com todas essas influências negativas. Ele queria ser reconhecido por ser um cara malvado. Para ele, aqueles valores de ser ruim, mau, são bonitos, é totalmente o inverso. É um "pau-mandado" - revela o policial.