O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu liberdade ao homem acusado de matar o padre Eduardo Pegoraro, em Tapera, no norte do Estado. O réu, Jairo Paulinho Kolling, também atirou contra a esposa, Patrícia Kolling, por desconfiar de uma relação entre ela e o sacerdote. As informações são do blog Caso de Polícia, da Rádio Gaúcha.
Padre é morto a tiros e mulher fica ferida em Tapera
Homem que matou padre em Tapera é indiciado por homicídio
No período em que Kolling permaneceu em prisão domiciliar, enquanto se recuperava no hospital, a juíza do caso dispensou custódia de agentes penitenciários. Por esse motivo, o desembargador Diógenes Vicente Hassan Ribeiro entende que a manutenção da prisão preventiva não é necessária, liberando o réu.
- Não há qualquer fundamento para que o paciente, após ter permanecido em prisão domiciliar em regime hospitalar, sem a custódia dos agentes penitenciários, por mais de 60 dias, seja transferido a estabelecimento prisional quando de sua alta - cita o magistrado na decisão.
Kolling teve a prisão preventiva decretada logo após o crime, mas, como estava em atendimento hospitalar, só foi conduzido ao Presídio de Espumoso no dia 17 de agosto, após a juíza Marilene Parizotto Campagna entender que ele poderia colocar em risco a vida da esposa e de testemunhas.
- A vítima, novamente, relatou temer por sua segurança, salientando que o réu era uma pessoa tranquila, assim como relatado pelas testemunhas de defesa, mas que acabou "surtando" ao desconfiar de que ela possuía um relacionamento com o Padre Eduardo - afirmou em decisão.
Entenda o caso
Kolling desconfiava de um relacionamento amoroso da esposa dele, Patrícia, com o religioso e marcou uma reunião entre os três no salão paroquial.
O padre levou um tiro no peito e morreu na hora. Patrícia, um no pulmão. Jairo teria tentado o suicídio, mas sobreviveu após também ter sido ferido com disparo de arma de fogo.
Leia as últimas notícias