Em novo protesto contra o governo de José Ivo Sartori nesta terça-feira, o funcionalismo público estadual deve confirmar uma greve de três dias, com início na quarta-feira, em resposta ao parcelamento de salários, aos projetos de ajuste fiscal enviados à Assembleia Legislativa e à negativa do Executivo de ingressar com ação na Justiça para obrigar a União a cumprir a lei que muda a correção das dívidas de Estados e municípios.
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Nesta terça-feira, a expectativa era que setores funcionassem com 30% do quadro de funcionários. Nas delegacias de polícia, são atendidos somente crimes graves. Na segunda-feira, os policiais haviam confirmado, em assembleia, que vão parar. A maioria das escolas estaduais, que já vêm adotando turno reduzido, suspendeu as aulas.
Segurança pública
Escrivães, inspetores e comissários estão mobilizados e não devem trabalhar nesta terça. Conforme o presidente do Ugeirm Sindicato, Isaac Delivan Ortiz, são atendidos somente casos graves nas delegacias. Segundo a Abamf, que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar, a previsão é que ônibus cheguem de diferentes cidades com policiais.
Os batalhões devem ficar desfalcados, principalmente em Porto Alegre, a partir da tarde. Os oficiais da Brigada Militar e os delegados de polícia trabalham normalmente nesta terça-feira. Eles só falam em paralisação se ocorrer novo parcelamento de salários. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública diz compreender "a situação de todos os servidores e possui plena confiança de que o efetivo manterá o atendimento à população no que compete aos serviços de cada uma das instituições vinculadas, dentro de suas respectivas atribuições".
Educação
As escolas estaduais já vêm adotando turno reduzido, mas não há nenhuma totalmente fechada. Nesta terça-feira, a maioria das unidades suspendeu as aulas em função das assembleias. No final da manhã, os professores ligados ao Cpers/Sindicato aprovaram, em assemblia, greve de três dias.
Saúde
Assim como em outros setores essenciais, os servidores da saúde devem manter 30% de atendimento nessa terça-feira. O Sindicato dos Servidores e Trabalhadores Públicos de Nível Elementar e Médio (Sindissama) ressalta que a categoria segue o mesmo cronograma da Fessergs.
- É claro que não será o atendimento que todo mundo costuma ter, e que já não é bom, pelo número reduzido de servidores mas ficará em 30% até posterior decisão da assembleia - afirma Márcia Elisa Trindade, presidente do Sindissama.