Um grupo de servidores estaduais, depois do anúncio da paralisação de três dias, invadiu o Plenário da Assembleia Legislativa e ocupou as galerias da Casa para acompanhar a sessão da tarde dessa terça-feira. Eles estavam em frente ao Palácio Piratini em um protesto, que começou no Largo Glênio Peres, no Centro. Por volta das 15h20min, diversas categorias anunciaram, em conjunto, a greve, que pode se estender se o governo José Ivo Sartori novamente parcelar os salários.
O objetivo dos que invadiram a Assembleia era entregar um ofício para um representante do deputado Edson Brum (PMDB), atual presidente da Casa. Ele está em Brasília. O documento pede a retirada dos projetos de ajuste fiscal, enviados pelo Executivo para votação dos parlamentares.
A segurança da Assembleia chegou a fazer barricadas com cadeiras em alguns pontos da Casa para impedir a invasão de salas. Alguns deputados deixaram a sessão, que foi interrompida por alguns minutos, e exigiram reforço policial para retornar. Não houve confrontos.
Greve de três dias
Servidores públicos estaduais decidiram, nesta terça-feira, entrar em greve por três dias no Rio Grande do Sul, com início na próxima quarta-feira. A decisão foi tomada em assembleia conjunta de mais de 40 sindicatos, no começo da tarde, no Largo Glênio Peres, centro de Porto Alegre.
A mobilização foi uma resposta dos servidores a medidas do governo José Ivo Sartori diante da crise financeira no Estado. Os servidores protestam contra o parcelamento de salários e os projetos de ajuste fiscal enviados à Assembleia Legislativa.
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Com carros de som, os servidores apresentavam paródias de músicas populares com críticas ao governador, como o Canto Alegretense: "Não me pergunta como está o meu Rio Grande, isso dói bem aqui no coração, depois que o gringo se achegou e veio, ficou feio...".
Os servidores não descartam outras mobilizações e novas greves, caso ocorram parcelamentos de salários outra vez. Segundo a Brigada Militar, 30 mil pessoas estavam presentes.
Veja como foi a cobertura ao vivo:
* Zero Hora