As chances de derrota do acordo nuclear com o Irã na sessão conjunta do Congresso americano, no dia 27, diminuíram consideravelmente depois de o líder democrata no Senado, Harry Reid, anunciar voto a favor do pacto. Com a decisão do parlamentar do Estado de Nevada, já são mais de 15 os senadores democratas que cerraram fileiras com o presidente Barack Obama para aprovar o acordo.
A fim de barrar a negociação, a oposição republicana, com 54 senadores, teria de votar sem defecções contra o acerto e conquistar pelo menos 13 democratas para a mesma posição. À medida que os dias passam, esse desfecho parece cada vez mais improvável.
- Esta é a melhor maneira, a única maneira, de evitar que o Irã obtenha uma arma nuclear - disse Reid, no domingo, ao jornal The Washington Post.
Até o momento, apenas dois senadores do partido de Obama se posicionaram contra o pacto nuclear com o Irã. Vai longe o dia em que o premier israelense Binyamin Netanyahu dirigiu-se a uma sessão conjunta do Congresso para arengar contra o diálogo com Teerã e foi ovacionado sucessivas vezes por republicanos e democratas - mas isso ocorreu há apenas cinco meses. À oposição, não resta outro caminho a não ser lutar até o último voto para derrubar a proposta e obrigar o presidente a vetar a decisão.
A arrancada da campanha eleitoral para a sucessão de Obama favoreceu a Casa Branca. Raramente o debate eleitoral é dominado por temas de política externa, e, desta vez, questões como imigração, emprego, saúde e política de gênero têm monopolizado as atenções. E, por mais impopular que Obama seja ao final do segundo mandato, as opções postas sobre a mesa pelos partidos Republicano e Democrata parecem ser infinitamente mais problemáticas.
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