O governo federal anunciou a contratação de investimentos de R$ 186 bilhões até 2018 em energia elétrica, considerando empreendimentos já planejados e anunciados anteriormente, sendo R$ 81 bilhões gastos até aquele ano e R$ 105 bilhões a partir de 2019. Do total, serão R$ 116 bilhões para geração e R$ 70 bilhões para transmissão de energia.
Esses investimentos representam um implemento de geração de 25 mil megawatts (MW) a 31,5 mil MW, além de 37,6 mil quilômetros em novas linhas de transmissão. Os investimentos fazem parte do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), lançado nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga.
O ministro afirmou que o governo está avançando com cuidado no que diz respeito à questão ambiental para alcançar um programa robusto no setor elétrico.
- O Brasil dará respostas que a economia e o povo brasileiro tanto esperam do governo. Estamos conseguindo superar os desafios que a natureza e as circunstâncias colocaram à nossa frente. Temos assegurado a entrega da energia - disse Braga.
Segundo ele, o racionamento de 2001 teve um grande custo para a economia do País. O ministro acrescentou que o custo da energia precisa ser compatível com os preços internacionais.
- Precisamos de um setor cada vez mais robusto, com fontes limpas e custos compatíveis - completou.
O programa é um combinado dos investimentos já anunciados pelo setor elétrico para os próximos anos. Conforme Braga, o PIEE tem o objetivo de mostrar que o planejamento de longo prazo do setor elétrico é "vitorioso" e terá continuidade.
De acordo com vídeo institucional apresentado no início da cerimônia, o objetivo do programa é manter a matriz energética limpa e a custos declinantes, para que valores da eletricidade em 2018 cheguem a patamares compatíveis com os do mercado internacional.
Braga destacou um dos desafios do programa é ter mais fontes renováveis de energia na matriz brasileira.
- Vamos avançar para promover a competitividade necessária para nossos produtos - afirmou.
Entre as hidrelétricas a serem contratadas até 2018, o governo voltou a citar a Usina de São Luiz Tapajós, com capacidade de 8.040 megawatts (MW), que ano após ano não consegue entrar nos leilões do setor.
- Estamos em fase final de licenciamento para o leilão dessa usina até o fim do ano - frisou o ministro.
Outra usina listada na região Norte, no mesmo rio, é a usina de Jatobá, com capacidade de 2.328 MW. Já a região Sul conta com cinco usinas pequenas: Ercilândia (87 MW), Foz Piquiri (93 MW), Paranhos (67 MW), Telêmaco Borba (118 MW) e Apertados (139 MW).
*AGÊNCIA ESTADO