A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o Brasil atravessa uma situação econômica que "requer cuidados" e reconheceu que, apesar das ações do governo, a crise não será resolvida no curto prazo. Segundo Dilma, 2016 ainda será um ano de dificuldades.
- Eu espero uma situação melhor. Mas não tenho como garantir que a situação em 2016 vai ser maravilhosa, não vai ser, muito provavelmente não será. Agora, também não será a dificuldade imensa que muitos pintam. Vamos continuar tendo dificuldades, até porque não sabemos a repercussão de tudo o que está acontecendo na economia internacional - analisou a presidente em entrevista a rádios do interior de São Paulo, antes de embarcar para Catanduva, onde entrega unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida.
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Dilma citou a queda generalizada registrada durante a segunda-feira nas bolsas de valores do mundo inteiro, porém, disse que a economia brasileira está se protegendo com medidas como o pacote de exportações e o programa de atração de investimentos em logística.
- As nossas medidas já começaram (a ser implementadas), não tem como estarmos pior no futuro, porque tomamos um conjunto de medidas - avaliou.
A presidenta voltou a criticar o que chamou de pessimismo em relação ao futuro da economia brasileira e comentou que a insatisfação com o governo é "compreensível", mas que a situação não pode ser resolvida imediatamente.
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- As pessoas querem que as coisas sejam imediatamente resolvidas. É compreensível, mas nem sempre é assim. Isso não ocorre também na vida da gente: você tem uma dificuldade, tem que enfrentar e só o tempo te ajuda a fazer passar - observou Dilma.
Em Catanduva, a presidenta vai participar da entrega de 1.237 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida e acompanhar, via teleconferência, a entrega de moradias nos municípios de Araras, Araraquara e Mauá, todos em São Paulo. No total, 2.555 casas do programa serão entregues nesta terça-feira. De acordo com o Ministério das Cidades, os empreendimentos receberam cerca de R$ 250 milhões do governo federal e deverão beneficiar mais de 10 mil pessoas.