Se no domingo houve pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff durante os protestos que se espalharam pelas ruas do país, a situação é inversa nas manifestações desta quinta-feira. Ao menos 32 cidades brasileiras recebem movimentos em defesa do governo federal ao longo do dia.
Mais de 20 organizações participam das ações, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). Apesar do apoio ao trabalho da presidente, há críticas a medidas adotadas pelo governo atual, como o ajuste fiscal.
Em Porto Alegre, o ato em apoio ao governo está marcado para as 18h, na Esquina Democrática. No mesmo horário, será realizado o "mortadelaço" em ironia ao protesto pró-PT, na esquina das avenidas Venâncio Aires e João Pessoa.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é um dos alvos dos movimentos. Nesta quinta-feira, denúncia contra ele, investigado na Operação Lava-Jato, deve ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Manifestação em frente ao escritório de Cunha
Conforme a Folha de S.Paulo, a organização do movimento espera cerca de 50 mil pessoas na capital paulista. No entanto, em outras capitais, como Belém, Campo Grande, Curitiba, Maceió, Fortaleza, Rio Branco e Salvador, já há relatos de manifestantes percorrendo as ruas desde a manhã. Nessas cidades, eles chamam de "terceiro turno" a atitude de membros da oposição que desejam a saída da presidente.
Na capital baiana, os manifestantes carregaram cartazes com a frase "Fora, Cunha". Em Maceió, um cordão humano foi feito em torno do palácio do governo estadual, e no Rio o protesto ocorreu em frente ao escritório de Eduardo Cunha, na Rua da Carioca.