Servidores e tropa de choque da Brigada Militar se envolveram em um tumulto na noite desta quinta-feira, na Câmara de Vereadores de São Leopoldo, no Vale do Sinos. De acordo com Ismael Mendonça, assessor parlamentar da Casa, a confusão começou por volta das 18h30min, quando dezenas de pessoas, muitas delas com senhas que foram distribuídas pela própria Câmara, tentavam entrar para acompanhar uma sessão. Segundo a BM, 141 pessoas poderiam entrar na Casa.
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De acordo com o major Andre Luis Stein, mais de cem manifestantes teriam tentado entrar ao mesmo tempo no local e arremessado pedras, o que teria feito a polícia disparar três bombas de efeito moral e sprays de pimenta nos servidores. O motivo, segundo o major, era "usar a força moderada para estabelecer a ordem".
- Eles podiam colocar em risco as pessoas que estavam dentro e fora da Câmara. Estamos preocupados com a ordem pública e segurança das pessoas.
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Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas. Uma das bombas atingiu Débora Flamia, 34 anos, noiva de Mendonça e servidora do município há nove anos.
- Estou muito nervosa. Uma das bombas atingiu a minha perna. Fiz um curativo e estou aguardando o resultado de alguns exames. Também já registrei um boletim de ocorrência - disse.
Duas pessoas foram detidas por desobediência - teriam ultrapassado a barreira feita por policiais - e liberadas após assinarem um termo circunstanciado.
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A presença da polícia foi solicitada pelo presidente da Casa, Aurélio Schmidt (PSDB). Professores municipais, servidores do quadro-geral e ligados à saúde estão em greve há mais de 40 dias devido ao pagamento atrasado de salários por parte da prefeitura.