A presidente Dilma Rousseff convocou, nesta segunda-feira, reunião com os presidentes de todos os partidos políticos da base aliada do governo. O encontro não estava previsto até o início da tarde desta segunda na agenda oficial da presidente. A sessão vai reunir também os líderes dos partidos de apoio ao governo. Por reunir os principais aliados da coalizão que elegeu o presidente da República, a reunião é chamada de Conselho Político.
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O encontro está marcado para as 18h no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Outro compromisso, incluído na agenda de Dilma Rousseff, foi a assinatura de medida provisória sobre o Programa de Proteção ao Emprego, texto que será enviado ao Congresso Nacional para análise. A medida provisória já terá vigência de lei. Antes, ela ainda sanciona o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ambos os eventos ocorrem no Palácio do Planalto, também em Brasília.
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A reunião ocorre um dia após a convenção nacional do PSDB, na qual as principais lideranças do partido sinalizaram a intenção de "ir até o fim" e ampliar a pressão para o afastamento de Dilma da Presidência caso o Tribunal de Contas da União (TCU) confirme a rejeição das contas do governo. Em discurso no evento, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deixou claro que os tucanos vivem hoje a expectativa concreta de chegar ao poder antes de 2018, ano em que se encerra o atual mandato de Dilma.
- Estamos prontos para assumir o que vier pela frente. Precisamos ir até o fim para que o Brasil seja passado a limpo - afirmou.
No Congresso, é crescente a pressão para que o PMDB, maior partido da base do governo, encerre a aliança com o PT. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), cobra publicamente a saída imediata do vice-presidente Michel Temer da articulação política do Planalto. Nos bastidores, há conversas de peemedebistas com tucanos. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves (MG) foram sondados por representantes do PMDB sobre apoio a um eventual governo Temer em caso de afastamento de Dilma. No entanto, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha - um dos principais expoentes do grupo ligado a Temer - nega qualquer negociação com os tucanos, e prega o sucesso da gestão Dilma.
*Agência Brasil