O nível dos rios Taquaruçu e Xaxim baixaram, mas ficou o rastro de destruição em Coronel Freitas, causado pela enxurrada ocorrida na manhã de terça-feira. A chuva destruiu 30 casas, inundou 270, alagou mais 2,5 mil e deixou 1 mil pessoas desalojadas, segundo dados da prefeitura.
Na manhã desta quarta, o prefeito encaminhou ao Governo de SC um documento decretando estado de calamidade pública. Segundo a prefeitura, levantamentos preliminares mostram que 60% da cidade foi atingida. As aulas foram suspensas por tempo indeterminado.
Uma pessoa morreu arrastada pela água. Giane Gottardi tinha 32 anos e era proprietária de um petshop na cidade, de acordo com informações da PM. Ela estava com o marido e foi carregada pela correnteza, sendo encontrada horas depois, a cerca de 500 metros do local.
Na manhã desta quarta-feira, moradores começaram cedo a limpeza, pois lojas e casas ficaram tomados por lama e entulho. Há pedaços de madeira, paus e telhas, entre outros objetos, espalhados pelas ruas. Até as proteções de pontes foram levadas coma força da água. Na frente das casas eram empilhados móveis que não prestam mais.
No escritório da construtora do empresário Adriano Marafon, havia lama do lado de dentro e do lado de fora. Os 35 funcionários que trabalhavam na construtora foram deslocados para limpeza e quase todo o material foi perdido. A garagem desabou em cima de dois carros.
- Vai levar um mês para arrumar tudo - calcula o empresário.
A escola estadual Edvino Huppes e a municipal Clube do Bolinha foram alagadas. Também foram atingidos o ginásio municipal, estádio municipal, estação rodoviária e a Secretaria Municipal de Educação. A rede de água está danificada pois a adutora de abastecimento da cidade se rompeu.
O vice-prefeito César Martinelli diz que há muitos bueiros e pontes danificados, e que o prejuízo ainda está sendo levantado:
- Nossa prioridade no momento é fazer a limpeza para que as famílias possam voltar para casa - afirmou Martinelli.
Os desalojados estão em casas de amigos e parentes. Além das 30 famílias que perderam suas casas, muitos ficaram sem móveis. Municípios vizinhos, como Quilombo, estão auxiliando com caminhões pipa para fazer a limpeza.
A assistência social do município montou um ponto de arrecadação de roupas e água no Centro de Idosos. Os contatos podem ser feitos pelo telefone da prefeitura: (49) 3347-3400.