Em meio a campos e cavalos na zona rural de Viamão, na pele de um modesto criador de galinhas, o ex-oficial principal da Polícia Federal em Buenos Aires Roberto Oscar González, 64 anos, em nada lembrava um repressor que atuou durante a ditadura Argentina (1976 a 1983). De codinomes Federico, Fede e Obdulio, chamado de Gonzalito pelos mais chegados, o ex-policial, capturado pela Polícia Federal (PF) gaúcha, escolhera o Rio Grande do Sul para se esconder da justiça argentina, que busca punir responsáveis por um massacre que fez desaparecer cerca de 30 mil pessoas.
Anos de chumbo
O argentino que passou de sequestrador a criador de galinhas em Viamão
Ex-policial federal, integrante de uma lista de 63 repressores acusados de crimes contra a humanidade, Roberto González vivia tranquilamente em um sítio no interior de Viamão até ser capturado no começo deste mês