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Mais controle

Novo radar orbital vai fiscalizar a Amazônia

Medida vai ampliar monitoramento eletrônico sobre área que permanecia seis meses no "escuro"

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O monitoramento será de 950 mil km2, com informações diárias. Atualmente, são 280 mil km2, a cada 15 dias

O trabalho de detecção do desmatamento na Amazônia vai ficar mais eficiente em breve, com o uso de um radar orbital capaz de monitorar a região mesmo quando o tempo está encoberto por nuvens.

O contrato de financiamento para a compra de imagens de radares acoplados a satélites foi assinado nesta segunda-feira no Ministério da Defesa, pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipan) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).

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A medida faz parte do projeto Amazônia SAR, do Ministério da Defesa. Com a nova tecnologia, a área vigiada será mais de três vezes maior, equivalente a 950 mil quilômetros quadrados, e a frequência de coleta das informações será diária. Pelo sistema atual, 280 mil quilômetros quadrados são monitorados a cada 15 dias.

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O investimento no projeto será de R$ 80,5 milhões. O valor é para a contratação de um radar orbital de fornecedores internacionais. O edital está sendo finalizado pelo Cesipam e, segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, deve entrar em operação "imediatamente".

 O ministro explicou que a tecnologia usada atualmente não é eficiente em condições climáticas adversas, pois os radares de imagem óptica não conseguem atravessar as nuvens, aumentando a ação de criminosos durante o período que vai de outubro a abril. Segundo ele, as novas imagens vão preencher uma lacuna no sistema atual, evitando o desmatamento, o narcotráfico e o garimpo ilegal.

- No período nublado acontece uma intensificação da degradação na Amazônia. Com a aquisição de um novo tipo de sinal, teremos uma informação mais precisa e rápida, aumentando a eficácia no combate a qualquer tipo de desmatamento - acrescentou.

 Segundo o diretor do Censipam, Rogério Guedes, hoje, quando o tempo está nublado, o monitoramento é feito por aviões da Força Aérea Brasileira, equipados com radares, mas o custo da operação é alto, e a área vigiada é limitada.

- Hoje, o custo relativo de operação do radar aerotransportado vai de R$ 5 a R$ 8 milhões em imagens. Com as informações do satélite-radar, o valor vai cair para R$ 270 mil - estima Guedes.

 

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