Em exatos 10 dias, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, convocou o voto "não" a uma proposta de acordo ruim e "sim" para outra ainda pior. Ao justificar a aparente esquizofrenia, afirmou que a escolha final era entre um acordo ruim para o país ou um default desordenado - em bom português, o caos.
Na observação do analista grego Yannis Koutsomitis, Tsipras deve ser o primeiro premier que admite aprovar uma legislação que prejudica a economia de seu país. É por isso que Tsipras ganhou a batalha no Congresso mas perdeu 39 votos de seu próprio partido, o Syriza.
Garante que não vai renunciar - nesta quarta-feira chegou a desafiar o líder da oposição a apresentar uma moção de censura, que poderia terminar com a sua remoção do cargo -, mas há sérias dúvidas sobre sua sobrevivência.
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Marta Sfredo: entre o ruim e o ainda pior na Grécia
A questão é se os termos do acordo realmente representam uma solução ou se apenas acrescentam complexidades
Marta Sfredo
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