Dois meses antes da eleição legislativa de 27 de setembro na Catalunha, Barcelona e Madri estão outra vez envolvidas em um duelo em torno da independência da região. O presidente do governo autônomo catalão (Generalitat), Artur Mas, que também encabeça uma inédita coalizão de partidos separatistas, disse que a separação é possível:
- Estamos preparados para fazê-la e para fazê-la bem.
Em novembro do ano passado, Mas organizou um plebiscito com a participação de mais de 2 milhões de votantes, no qual os votos favoráveis à independência alcançaram mais de 80%. A consulta foi declarada inconstitucional pelo Estado espanhol. Agora, a coalizão separatista promete aprovar uma "declaração solene" que dará início ao processo de secessão caso vença o pleito em setembro. Entre os candidatos soberanistas, está o técnico de futebol Pep Guardiola.
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Embora o rei Felipe VI tenha dito a Mas que cumprir a lei é uma "exigência ineludível" (referência à suposta inconstitucionalidade dos movimentos de Barcelona), até o momento não existe páreo para a fortaleza do nacionalismo catalão. O unitarismo congrega forças díspares, como o PP do presidente Mariano Rajoy e o PSOE de Pedro Sánchez - e isso não contribui para lhe dar respeitabilidade. Sem alternativas, os catalães tendem a tornar a independência um passo inevitável.