Um homem foi espancado até a morte por tentativa de assalto na praça central de Viamão. De acordo com a Brigada Militar, Valdir Gabriele, 40 anos, havia tentado roubar um casal. Ao ver que ele estava desarmado, cerca de 15 pessoas o agrediram até a morte com socos e pontapés. Seu comparsa teve mais sorte e conseguiu fugir. Longe de ser caso isolado, o barbarismo praticado em Viamão faz parte de um contexto que coloca o Brasil como o país que mais lincha no mundo.
Descrentes no trabalho das instituições que deveriam zelar pela lei e ordem, é cada vez maior o número de brasileiros defensores da justiça com as próprias mãos. Com certeza, não é a solução. É impossível construir um país civilizado disseminando o ódio e a violência. Linchamento é um retrocesso que atenta contra a inteligência e a racionalidade do ser humano.
Só o que falta é o Brasil afundar no lamaçal da intolerância e virar uma nação sem lei. Que os governantes e políticos atentem para a gravidade do problema e iniciem um trabalho vigoroso, capaz de recuperar a autoridade do Estado brasileiro. O caminho a percorrer é árduo e demorado, mas não existe outro. A menos que a gente aceite ser uma pátria de bárbaros.
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Túnel do tempo
A ERS-786, interpraias entre Tramandaí e Cidreira, está de tal forma esburacada que começa voltar às origens, quando era uma estrada de chão batido. Pobre usuários.
Tapa-buracos
A prefeitura de Porto Alegre já gastou mais de 190 toneladas de asfalto na operação tapa-buracos deflagrada após as recentes chuvaradas. Ação vai durar mais 40 dias e visa recuperar a buraqueira deixada pela chuva. O trabalho é importante, mas seria menos árduo se tivesse sido feito antes da estação das chuvas. É que boa parte das crateras de hoje já existiam na forma de pequenos buracos. Como não foram tapados antes das enxurradas, se transformaram em panelões.
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