A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai destinar metade das vagas do vestibular deste ano a alunos que fizeram o ensino médio na rede pública. A medida foi aprovada ontem pelo Conselho Universitário. A cota obedece à lei federal 12.711, de 2012, que determina o aumento gradativo das vagas até 2016 para as chamadas políticas de ações afirmativas.
Essa reserva de 50% - que também contempla vagas destinadas a negros, pardos e indígenas - se subdivide em dois grupos: metade para estudantes com renda familiar inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para alunos com renda familiar superior a um salário mínimo e meio.
Como novidade, a universidade aprovou também a criação de 227 vagas suplementares que usarão a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para seleção de alunos negros, quilombolas (preferencialmente de SC) e indígenas (de preferência da Região Sul).
Segundo o pró-reitor adjunto de Graduação da UFSC, Rogério Luiz de Souza, as medidas serão válidas a partir do vestibular deste ano, que será aplicado em dezembro, até 2022, para quando está prevista a revisão da lei nacional. A intenção é democratizar o acesso ao ensino superior.
Além do vestibular e das vagas suplementares, a UFSC aprovou em maio a reserva de outros 30% do total de vagas em 2016 para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que usa nota do Enem.