Os servidores da Justiça Estadual do Rio Grande do Sul deflagraram greve nesta sexta-feira depois de uma assembleia geral da categoria em Porto Alegre. A proposta aprovada pela maioria dos presentes definiu que o movimento terá início na próxima quinta-feira, dia 25 de junho. A paralisação é por tempo indeterminado.
De acordo com o Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Sindijus), será respeitado o mínimo legal de 30% de funcionamento dos cartórios para o atendimento de casos urgentes.
A categoria reivindica reposição salarial de 15%, redução da jornada de trabalho e a criação de um plano de cargos e salários. Além disso, a pauta da greve também inclui o combate aos "privilégios" e "mordomias" da magistratura, como o auxílio-moradia, auxílio-alimentação retroativo.
- Pra mim, este é o principal motivo da nossa indignação. Antes de sermos servidores do Judiciário, somos cidadãos e pegamos uma alta carga tributária neste país. Ao mesmo tempo, sofremos com estes excessos da magistratura. Eles estão se autoconcedendo mordomias e benefícios em todo Brasil. É uma vergonha imensurável, uma contradição imensa - avalia o presidente do Sindijus RS, Davi Pio.
Apesar da greve, devem continuar sendo atendidos, pelo quórum mínimo de 30%, alguns serviços, como pedidos de autorização para mandados de busca e apreensão, registro de habeas corpus, prisões em flagrante (provisórias e preventivas), medidas cautelares, tutelas antecipadas, liminares em mandado de segurança e ações possessórias, despachos, entre outros serviços.
*Zero Hora