Durante mais de 12 horas, no Fórum de Agudo, o réu Rogério de Oliveira, 45 anos, foi julgado nesta segunda-feira sob a acusação de ter estuprado, matado e ocultado o corpo de Daniela Ferreira, então com 19 anos, no dia 29 de julho de 2012, na pequena cidade da Quarta Colônia. O júri popular, que começou às 9h, teve a sentença, pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro, pronunciada pela juíza Magali Wickert de Oliveira às 21h16min: o réu pegou 36 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.
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A primeira parte do julgamento de Oliveira foi marcada por uma longa fala do réu ao ser interrogado. O júri popular, que ocorreu no Fórum de Agudo, começou às 9h e seguiu de forma direta até as 14h, sendo retomado após o intervalo de uma hora. Após o sorteio dos sete jurados, todos homens, o primeiro a falar foi o delegado titular de Agudo, Eduardo Machado. Em sua fala, o responsável pelo inquérito do caso disse que "nunca viu tamanha crueldade" em uma pessoa como em Rogério.
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Como Oliveira já foi condenado em outras duas oportunidades, seu histórico criminal foi explorado pelo delegado. Segundo Machado, em outro caso em que o réu já havia sido condenado por estupro, ele teria torturado a vítima. Em um caso de sequestro, teria dado bebida com entorpecente para as vítimas. Esse seria o modo de agir de Oliveira. Nesse espaço, o advogado de defesa de Oliveira, Sérgio dos Santos Lima, questionou o delegado sobre possíveis falsos depoimentos dado por testemunhas.
Agudo
Réu do caso Daniela é condenado a 36 anos e 10 meses de prisão
Depois de mais de 12 horas de julgamento, Rogério de Oliveira recebeu a sentença pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro de Daniela Ferreira
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