O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, admitiu, na manhã desta sexta-feira, que o caso envolvendo o polêmico ofício encaminhado pela pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, com o objetivo de identificar a presença de estudantes e professores israelenses na instituição, poderia ter tido outro encaminhamento. Burmann reconhece que não foram mensuradas as consequências políticas que o ofício provocaria à imagem da instituição e, principalmente, aos israelenses. O reitor pediu desculpas aos israelenses e a quem mais possa ter se sentido ofendido com o caso. Por 30 minutos, ele lamentou que a imagem da Federal tenha saído arranhada:
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- Há um abalo à instituição, e não sabemos a quem isso possa interessar.
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Burmann também revelou que, na noite de quinta-feira, teve um encontro com a Federação Israelita, em Porto Alegre. O reitor disse que foi feita uma visita de cortesia à federação - essa foi a segunda, a primeira ocorreu no último dia 9. Burmann acredita que houve, por parte da Federação Israelita, uma compreensão do caso.
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O reitor disse que foi entregue um documento à federação que, basicamente, traz um histórico do problema e o que a Federal está fazendo em torno do caso. A divulgação do teor desse documento ficará a cargo da Federação Israelita.
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Burmann reiterou a sua convicção de que as autoridades, Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal, consigam descobrir quem possa ter fraudado o documento que levantou questionamentos sobre eventuais casos de racismo aos israelenses. O reitor pediu que a imprensa ajude na construção de uma agenda positiva à instituição.
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Ao fim da coletiva, Burmann disse:
- Queremos colocar o assunto como esclarecido e encerrado.