O conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) - que reúne os seis membros da direção da instituição e os 19 governadores dos bancos centrais da zona do euro - rejeitou o pedido do ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, para extender por um mês da atual ajuda financeira externa que vence no final de junho.
Sem a extensão da ajuda, o sistema bancário do país pode entrar em colapso.
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O pedido foi feito para que haja tempo de conduzir o referendo sobre o novo pacote, convocado ontem pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, para 5 de julho. O referendo foi chamada após falharem as negociações entre os líderes dos governos da Grécia e da União Europeia sobre os termos do novo pacote.
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Mais cedo, a Alemanha havia sinalizado que não apoiaria a extensão do programa de ajuda à Grécia até a realização do referendo. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, disse em Bruxelas que as negociações com a Grécia estavam suspensas e que o atual pacote de ajuda financeira irá vencer na terça-feira, dias antes do referendo proposto.
- Estamos em uma posição em que o programa termina na terça-feira porque não há mais discussões - afirmou Schäuble ao se dirigir para o encontro de ministros da zona do euro. A extensão do plano exigiria aprovação do Parlamento na Alemanha e em outros países da zona do euro.
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O ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb, disse ao chegar ao encontro que as discussões deveriam se concentrar em como lidar com as consequências de um default grego.
O conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) prepara uma reunião para domingo, que deve ser por conferência telefônica, para decidir qual caminho seguir depois da rejeção.
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