A Grécia confirmou que não irá pagar a parcela de 1,6 bilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que vence às 22h (horário local) desta terça-feira. Com isso, será a primeira nação desenvolvida a dar calote no FMI, se unindo a Sudão, Somália e Zimbabwe.
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Ao ser questionado pela imprensa sobre o pagamento, o ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis respondeu de maneira seca: "Não". Apesar do calote, Varoufakis deixou aberta a possibilidade de um possível acordo de última hora.
Mais cedo nesta terça-feira, o jornal Kathimerini informou que o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras estaria analisando uma proposta de última hora feita na noite de segunda-feira pelo chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Ele teria dito que os credores fariam um acordo com Atenas se o governo aceitar a última proposta, feita pelos credores no domingo, e fizer campanha pelo "sim" no referendo sobre a permanência do país da zona do euro.
Ao entrar em default, a Grécia pode ser forçada a deixar a zona do euro. Varoufakis disse ao jornal "The Telegraph" que a Grécia pode tomar medidas legais para bloquear a sua expulsão da união monetária.
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*AFP