Durante dois dias, os pavilhões do CentroSul, em Florianópolis, vão voltar a receber uma série de atrações para um mercado de entretenimento que já é maior do que Holywood: os games. A primeira edição da Gamercom será realizada neste sábado e domingo. O evento terá expositores internacionais, como Sony Playstation, Ubisoft e Blizzard, mas também contará com produções locais, como o jogo The Rotfather, desenvolvido dentro da UFSC por professores e alunos.
Blizzard tenta quebrar monopólio do e-sport
- Pela primeira vez na região Sul, temos um evento que reúne os quatro principais setores de games da atualidade - diz Diego Oliveira, da G-7 Entretenimento, que está organizando o evento.
As quatro áreas são: os grandes produtores internacionais, como o jogo Assassins Creed da Ubisoft, por exemplo; a área de entretenimento, com as apostas em realidade virtual; o e-sport, as competições de games; e as produções de estúdios independentes. A entrada é paga. E os ingressos podem ser comprados no site do evento, R$ 30 para um dia ou R$ 50 para os dois.
Um dos destaques da feira é a Apelab, premiado estúdio suíço, que lançará no evento seu mais recente projeto, Sequenced, a primeira série de animação interativa para realidade virtual da empresa.
Também serão realizados campeonatos no local, dos games Leogue of Legends, Starcraft II e Mortal Kombat X. E vai ter participação especial de Kiko Loureiro, guitarrista da banda Megadeth, de heavy metal, mas que apresentará repertório com músicas que foram trilha sonora de jogos famosos ou clássicos.
- Queremos a divulgação do potencial da cidade nesse segmento de games e tecnologia - conta Leonardo Vieira gerente comercial do CentroSul.
Tem outro motivo
A indústria dos games deve movimentar US$ 91 bilhões em 2015. O maior mercado está concentrado nos Estados Unidos e na China, mas há espaço para crescimento no Brasil. É para despertar o olhar brasileiro para esse potencial que a professora de Design da UFSC, Mônica Stein desenvolve desde 2011 um projeto de pesquisa que tenta aproveitar todo o potencial de um game, com o projeto The Rotfather.
- O jogo que vamos lançar em outubro deste ano tem também estátuas, websérie animada, quadrinhos, um livro, um jogo de tabuleiro, entre outros. É um projeto transmídia - conta Stein, que emendou - Quero mostrar ao governo o potencial que essa área tem, para termos novas políticas públicas no país.
São 36 pessoas envolvidas, de diversas áreas - tem estudantes da engenharia elétrica e da engenharia de automação no projeto, por exemplo. Vários dos produtos ainda estão em desenvolvimento, mas quem passar pelo estande já vai poder conferir parte do material do jogo, que será uma trilogia da história de Kane, um rato anti-herói.