A presidente Dilma Rousseff receberá os líderes dos partidos da base aliada, a partir das 19h30 desta terça-feira, para um jantar no Palácio do Alvorada, onde será discutido o fator previdenciário. O vice-presidente Michel Temer também estará presente, assim como os ministros da Previdência, Carlos Gabas, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
A presidente tem até esta quarta-feira para decidir se vai manter ou barrar a chamada fórmula 85/95, que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 anos (mulheres) ou 95 anos (homens). A área econômica do governo defende o veto da fórmula com a alegação de que ela vai quebrar a Previdência Social.
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Dilma quer apresentar aos senadores proposta alternativa à aprovada pelo Congresso, que prevê que as pessoas possam se aposentar com o teto do INSS sempre que cumprirem a regra de "85/95". A ideia é um fator progressivo, aumentando para 86/96, 87/97 até alcançar 100. Mas há discussão sobre quanto tempo demoraria para mudar de uma faixa para outra.
Uma das propostas era de que esse fator aumentasse a cada cinco anos, para acompanhar o aumento da vida média da população brasileira. Não havia definição ainda se a proposta alternativa seria encaminhada por Medida Provisória ou Projeto de Lei.
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A presidente está em uma saia justa com este tema porque se vetar o fator previdenciário, estará contra as centrais sindicais e pode até ver seu veto ser derrubado pelo Congresso. Se não vetar, deixa os parlamentares que votaram com o governo, mesmo com desgaste em suas bases, em situação delicada, além de abrir possibilidade de despesas mais altas no futuro. A ideia da presidente é vetar o projeto e enviar a proposta alternativa, mas os ajustes finais ainda estão sendo discutidos.
*Estadão Conteúdo