O prazo para pagamento da parcela de 1,6 bilhão de euros devidos pela Grécia ao Fundo Monetário Internacional (FMI) terminou à meia-noite desta terça-feira em Bruxelas (1 h de quarta-feira no horário de Atenas, 19h no de Brasília), sem que o país tenha desembolsado os valores.
Tecnicamente, a Grécia está em default (moratória). Do ponto de vista formal, porém, o reconhecimento da moratória pelo FMI depende de uma notificação do ocorrido pela diretora-gerente, Christine Lagarde, aos organismos do fundo.
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A imprensa grega noticia, no entanto, que o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, apresentaria aos ministros da zona do euro uma nova proposta de renegociação da dívida grega, na qual Atenas se comprometeria com novas medidas de austeridade. Mais cedo, Varoufakis teria dito aos ministros por teleconferência que seu governo cancelaria o plebiscito de domingo ou recomendaria aos eleitores que votassem favoravelmente a um acordo que atendesse às posições dos dois lados.
- Estamos fazendo um esforço extra. Podemos fazer esforço nesses seis pontos. Não posso dar detalhes, mas isso inclui pensões e pontos da reforma trabalhista - declarou o vice-premier Yanis Dragasakis.
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A Grécia solicitou que um pagamento-chave ao Fundo Monetário Internacional (FMI), previsto para esta terça-feira, tenha seu prazo adiado. O pedido foi feito em meio aos movimentos do país para evitar o calote da dívida e uma possível saída da zona do euro.
- Fizemos um pedido para o FMI solicitando que tome a iniciativa de atrasar o pagamento até novembro - disse Dragasakis, em entrevista à rede de televisão local ERT.