Com a voz embargada, Cláudio Silveira, filho do senador Luiz Henrique da Silveira, de 75 anos, falou sobre a morte do pai durante o início da madrugada deste domingo no Centreventos Cau Hansen em Joinville. Além dele, outros familiares, como a víuva do senador, e autoridades foram os primeiros a chegar no velório do político que morreu na tarde do último domingo.
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Cláudio contou que esteve com o pai um dia antes da morte e que ele parcia bem.
- Hoje quem nos deixa não é um senador, um ex-governador, um político. É um pai, o avô dos meus filhos, o meu melhor amigo - disse.
- Só peço a Deus que nos dê força para a nossa caminhada - acrescentou.
Morte de LHS
Durante a manhã, o senador estava em Itapema, onde se recuperava de uma fratura no pé, e chegou em Joinville para o almoço do Dia das Mães. Por volta das 13h30min, LHS pediu ajuda para subir as escadas que levam ao seu quarto.
Segundo relatos do assessor de Luiz Henrique, José Augusto Gayoso, foi neste momento que o senador começou a passar mal e reclamou que estava com falta de ar. O Samu foi acionado e a equipe constatou a parada cardiorrespiratória. O doutor Pedro Magalhães, casado com uma sobrinha de LHS, foi acionado pela família e também foi à residência para prestar atendimento.
Levado pelo Samu ao Hospital da Unimed, Luiz Henrique foi atendido por pelo menos 15 profissionais durante cerca de 90 minutos. Durante o atendimento, ele chegou a apresentar pulso por cerca de cinco minutos, mas a morte foi registrada às 15h15min.
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Luiz Henrique não tinha histórico de problemas no coração, mas os médicos já haviam o alertado sobre sobrepeso e o excesso de atividades.
- Luiz Henrique tinha apenas dois problemas de saúde nestes últimos anos: nos rins e na visão. Ele fazia exames regularmente. Agora, estava com esta fratura no tornozelo - relatou o assessor de imprensa e amigo José Augusto Gayoso, que coordenou a coletiva de imprensa.
Há cerca de duas semanas, o senador acompanhava o governador Raimundo Colombo em visita às obras do Hospital Regional Hans Dieter Schmitd, em Joinville, quando sofreu uma forte torção no tornozelo ao pisar em um desnível do terreno, fraturando a fíbula do pé esquerdo.
Apesar da fratura, Luiz Henrique continuou a cumprir a agenda e viajou a Rio Negrinho, Xanxerê e Ponte Serrada. Ele foi atendido apenas na noite de sexta-feira pelos médicos Drs. Adrano Mauricio dos Santos e Valdir Steglich, que recomendaram repouso absoluto nas duas semanas seguintes.
LHS cumpria as orientações médicas em Itapema até a manhã deste domingo, deixando a perna imobilizada e tomando as medicações. Nesta segunda-feira, ele retornaria as atividades, com uma agenda que seria feita apenas em Joinville para garantir a recuperação total.
A mulher de LHS, Ivete Appel da Silveira, foi ao hospital acompanhada de outros familiares. Colegas da política também estiveram no local. Ele deixa dois filhos e três netos.
O velório ocorre no Centreventos Cau Hansen, em Joinville. O enterro será no fim da tarde de segunda-feira.
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