
Cumpriu-se ontem ao vivo mais um caso exemplar do impasse que as redes sociais apenas amplificaram. Trocar ideias, no mundo virtual e no mundo real (que no fim são tudo a mesma coisa), é uma empreitada cada vez mais trabalhosa.
O que eu pretendia dizer no plenarinho da Assembleia ficou pela metade: o preconceito, antes sustentado pelas referências de costumes, de cultura, de família e até de "educação" - pelo que, enfim, estava mais perto de nós -, institucionalizou-se até como negócio.
Odiar é a mais próspera atividade de massa no Brasil hoje. Tanto que elege racistas, homofóbicos e xenófobos em toda parte e fomenta um mercado político em ascensão. O que fazer depois do que aconteceu no encontro organizado pela deputada Manuela dÁvila? Mais tentativas de debate. E mais engajamento contra o ódio e o preconceito.
Claro que o mercado do ódio não vai desaparecer, mas não pode se alastrar impunemente e com tanta naturalidade. E o jornalismo não tem como ser "neutro" e distanciado nessa barulheira.
Veja imagens da confusão:
*Zero Hora