*Carta de Laurilo Scremin, ex-aluno de economia do professor, senador, governador e prefeito Luiz Henrique da Silveira.
Caro Senador Luiz Henrique,
Há alguns dias vi pela TV SENADO, Vossa Excelência discursando no afogo de mágoas esportivas do já decantado 7 a 1 que a rigor foi 7 a 0, pois aquele 1, o gol de honra, foi gentileza dos jovens cavalheiros alemães, que ninguém tenha dúvidas.
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Também não tenho dúvidas de que o esclarecido Senador percebeu a oportunidade de capitalizar simpatias com os seus eleitores, deixando claro que se solidariza com eles e com os demais brasileiros, na dor da fragorosa derrota. Sabe também que exorcizar pessoas ou equipes comprovadamente competentes, não fica bem para ninguém, mormente pelo anfitrião; talvez, e por isso, o sensato Senador elogiou a estratégia e o desempenho dos alemães, não a nível pessoal, porque isto seria o mesmo que dizer que somos nós, os brasileiros, os incompetentes, algo inadequado para um político da envergadura do Senador. Melhor seria - e assim o fez - enaltecer a organização esportiva e o refino democrático do país, cujas rédeas estão nas mãos de Angela Merkel, invejada em verso e prosa. Nós brasileiros temos consciência de que nosso país está mal conduzido e bem saqueado de forma que qualquer político que culpar nossas leis, nossos governantes e nossas instituições, não perde cargo nem voto.
Mas o nobre Senador, na sua habilidade de esgrimir a retórica, cunhou um neologismo apropriado, prenhe de demagogia, mas merecedor dos mais altos encômios. E aqui, como em todas as frases e vírgulas deste texto, estou sendo sincero. Meu objetivo não é atacar ou denegrir o nobre Senador e as suas ações, mesmo porque isto me seria impossível, além de ser injusto. E também porque sou eleitor de Vossa Excelência não ficaria bem mostrar-me incoerente. Sou seu eleitor e também eleitor do senador Paulo Bauer, a respeito do qual também tenho algo a comentar e vou fazê-lo aqui para que troquem algumas idéias e se dêem conta que são representantes do povo, aliás, de um povo específico, o povo catarinense, por pior que este povo possa ser; e eu sou povo, deste povo.
Antes que me esqueça, quero parabenizá-lo por ter sido considerado um dos senadores mais atuantes em 2012, classificado em quarto lugar, com nota 9.0, conforme noticiado pela Revista Veja. Sendo eu catarinense senti-me envaidecido, pois que na relação dos mais atuantes também estavam os senadores Cassildo Maldaner e Paulo Bauer. Meu orgulho é grande porque o nobre Senador, a quem dirijo esta missiva, recebeu meu voto bem como também o recebeu o Senador Paulo Bauer, que agora não quer mais brincar de Senador; quer ser Governador. Vou votar nele porque acredito que vai fazer um bom trabalho, mas não aprovo sua decisão de jogar fora o meu voto e de todos aqueles que lho deram para guindá-lo ao Senado. Só o estou perdoando porque as regras políticas estão mal feitas e ele não é responsável sozinho. Todavia, vou mandar-lhe uma cópia desta missiva para que ele saiba do meu desagrado, que a rigor considero uma ofensa civil e desrespeitosa à confiança que lhe depositei em aceitá-lo para a função de legislador que ele se propôs ser, quando se candidatou. O Senador Paulo Bauer é homem inteligente e um dos pronunciamentos que ouvi dele foi o da comparação dos custos do aventado túnel do Morro dos Cavalos na duplicação da BR 101, ao sul de Palhoça em Santa Catarina.
O Senador Paulo Bauer deixou claro que há uma alternativa legal para evitar o túnel que vai custar cerca de 300 milhões de reais, podendo-se utilizar um traçado de superfície cujo custo não vai exceder 10 milhões de reais. Ora uma diferença de 290 milhões de reais é para se lutar por ela, pelo menos por 20 anos e mostrar alternativas outras. Por exemplo: prover dois ou três túneis transversos, ou passarelas, que poderiam ser transpostos para as duas pistas, já que a construção do túnel objetiva a passagem dos índios de um lado para o outro dentro da sua Reserva. Os túneis transversos apresentariam mais vantagens para os índios, pois iriam evitar até a travessia que hoje fazem pela pista existente. Não sei como o assunto está atualmente. Provavelmente vão se gastar os 300 milhões de reais e depois fazer passarelas sobre a pista existente para que os índios possam jogar pedras nos veículos quando eles descobrirem que acabaram de comer o último gambá.
Mas, voltando aos alemães, dizer que eles têm uma democracia exemplar não pareceu bem ao nobre senador; melhor seria deixar implícito que eles têm uma democracia normal, comum ou mediana mesmo. Preferível deixar implícito que eles são esforçados e estão imbuídos de um elevado senso de civilidade, levantam cedo, marcham no passo certo e com tal proceder já conquistaram 103 prêmios máximos, isto é, 103 prêmios Nobel com apenas 80 milhões de habitantes e, nós com nosso "jeitinho brasileiro" estamos virgens do Nobel. Somos 200 milhões de cérebros com baixa criatividade, pois mesmo as patentes que registramos são medíocres na grande maioria. Talvez fôssemos desconhecidos mundo afora se das nossas mulatas não exibissem a beleza de suas bundas e a ginga de seu rebolado.
Nossas 230 universidades estão fora da lista das melhores do mundo, mas, orgulhosamente, seus gestores são democraticamente eleitos pelo voto direto de seus professores, funcionários e alunos. Nós brasileiros estamos dando um "banho de democracia". Palavras textuais de Vossa Excelência, não transcritas por revista nenhuma; eu as ouvi, pela TV SENADO. Vossa Excelência concluiu que isto é DEMOCRATITE.
Os alemães, coitados, elegem seus gestores por um corpo diretivo de doutorados, isto é, por meia dúzia de autocráticos e desta forma, só pode ascender ao poder alguém de reconhecida capacidade mesmo que seja o pior dentre eles. Lá, nunca o Tiririca vai ter voz ativa. Vossa Excelência percebeu para onde estava conduzindo sua fala e cunhou uma pérola no seu discurso. Nossa democracia é uma "democratite". Vossa Excelência poderia deixar mais clara a sua idéia e dizer que a nossa democracia está doente, está infectada de malefícios. Vossa Excelência precisa dar ouvidos ao Senador Cristovam Buarque e acreditar nele quando fala que estamos mal na Educação e assim explicar os termos que usa, mormente quando se trata de um neologismo extraído a fórceps como esse. Mas seja lá como for ou seja lá como tenha sido, parabéns!
Aproveitando a deixa, sobre o Senador Cristovam Buarque, seria boa uma troca de idéias com ele, haja vista que ele defende a centralização, embora específica na Educação, enquanto que Vossa Excelência defende a descentralização administrativa em setores outros onde seus projetos são desenvolvidos. Parece-me que os senhores encontrariam espetaculares soluções para os problemas do Brasil porque as boas soluções dificilmente estão nos extremos filosóficos.
Esperar que um Senador da sua envergadura dê atenção ao que um humilde eleitor tem a dizer é muita pretensão da minha parte, mas já que me dei o trabalho de escrever vou pôr em evidência as picuinhas e churumelas que me incomodam quando vejo, pela TV Senado, as falas dos homens que endeusamos com o nosso esperançoso voto e os guindamos a uma posição de desfrutar um emprego altamente vantajoso onde o ocupante do cargo faz o próprio salário e de seus apaniguados, define todas as regalias e vantagens arrogando-se ainda o direito de ser intocável.
Presenciam-se verdadeiras histrionices em mútuos rapa-pés nos apartes, perguntas e respostas de visível compadrio nas CPIs, interrupções na exposição das idéias por falhas de áudio, talvez provocadas para deixar claro que o tempo da fala tenha se esgotado, prejudicando o ouvinte eleitor. Se tal ocorrência é para avisar que o tempo está no limite que se faça tal aviso com uma luzinha embutida no console na altura da barriga do orador, para que ele a veja, mas que não se corte o som das suas palavras.
Para demonstrar a verdadeira transparência, faça-se uma varredura no plenário com a câmara para que se vejam quantos dos 81 senadores estão cumprindo com o expediente determinado. Mostre-se o quadro de freqüência com as justificativas das ausências. Assim se ficará sabendo quantas comissões de assuntos outros estão em andamento. Mostrem-se com tabelas os projetos que estão em tramitação e desde quando estão em andamento. Isto tudo é muito fácil de fazer e mostrar. Esta Instituição, caro Senador, precisa conquistar a perdida credibilidade. Assusta Senador, a percepção de que o Senado não tem mais do que 10 participantes, pois os que sobem a tribuna são quase sempre os mesmos. Não se vai errar por muito se, se disser que o Senador Eduardo Suplicy toma 20% do tempo da tribuna com mastigos e bajulações. Gostaria que um senador catarinense dissesse ao senador Suplicy que o masculino de PresidentA é presidentO; de EstudantA é estudantO e que se aproveitasse a nova revisão ortográfica, que vão fazer porque o Brasil só precisa disso, aproveitem, dizia eu, para acabar com os substantivos comum de dois. Assim: aranha-aranho; mosca-mosco; marisco-marisca; bunda-bundo; pássaro-pássara; jego-jega e presidenta-presidento. Sabendo de antemão que o objetivo é simplificar, sugiro que não se escreva mais homem, mas omi e quando o homem for importante grafe-se osomi. Ah, chamem o Tiririca para consultor, porque a reforma ortográfica vai atingir até o auriverde pendão da esperança.
Perdoe-me o Senador a descontração, mas há quase 60 anos, li na Revista "A Cigarra", que hoje não existe mais, li, dizia eu, que uma reforma ortográfica da nossa Língua Portuguesa estava sendo cogitada no Brasil e, davam como exemplo, que o singular de pires e lápis seria pir e lap. Não tenho certeza, mas parece que o Getúlio, o tal de Vargas, não deixou vingar o pir e o lap.
Tenho extrema admiração pelo Senador Pedro Simon. Vibro com suas colocações, mas de vez em quando, sai-se com cada ingenuidade que dá vontade de beijá-lo. Entusiasmou-se com a sugestão da PresidentA para criar um banco só para os BRICs, talvez para agradar ao Vladimir Putin e à Cristina Kirchner. O primeiro como padrinho e a segunda como afilhada, querendo rememorar os bons tempos em que a Rússia mandava dinheiro para Cuba, já que os argentinos não estão mais com aquela bola toda com os alemães, embora, nós também não. Afinal, monta Banco quem tem dinheiro para emprestar, não quem precisa dele.
Ah, Senador, admiro a bancada do Paraná que é vibrante, seja para o bem, seja para o mal, pois contrasta com a tibieza dos catarinenses que parecem não se importar muito com os seus eleitores.
O nobre Senador cunhou um neologismo: "democratite", deu como exemplo de democracia eficaz a dos alemães que elegem seus reitores nas universidades por um colegiado de alto nível tal qual se fazia para eleger um presidente do país no regime militar que descambou para a democratite da "Anistia geral, ampla e irrestrita" que colocou todos os gatos num só balaio. Democratite defendida por seu guru, Ulisses Guimarães, que não entendeu porque somente conseguiu 3% dos votos quando se candidatou a presidente. Como o nobre Senador pode facilmente ver, somente pioramos nestes bons tempos de distensão.
Senador, estamos mal de educação, estamos mal de segurança, estamos mal de saúde, estamos mal de habitação, estamos mal de transporte (rodovias, ferrovias, e cabotagem ), estamos mal de justiça, estamos endividados, nossa Economia vai mal e estamos com um alto nível de subemprego pago com "bolsas" de toda ordem. Estamos com muito para fazer e com gente sem ter o que fazer. Somente precisamos de bons políticos e bons administradores, pois que, bons engenheiros temos à rodo, embora desmorone um prédio ou um viaduto de vez em quando para acordar Deus de seu sono. Temos gente para trabalhar e temos trabalho a fazer. Por que não avançamos? Porque nossos governantes são ruins, nossas leis são paralisantes, nossos políticos são medíocres no discurso e na atuação. Há o consolo de que fazemos honrosamente parte da praga disseminada na América Latina. O Brasil parece estar querendo trilhar o caminho do Chile, quando Salvador Allende, que era um zero em Economia, virou "mártir" com o sangue esparramado até na Revista TIME.
Estamos dando um banho de democracia, com eleições de dois em dois anos. Estamos elegendo um presidente a cada quatro anos sendo que o primeiro ano no cargo ele não sabe o que fazer e o último ele só pensa na reeleição porque acredita que só neste segundo período poderá pôr em prática as idéias defendidas em campanha.
O que fazem os nossos políticos, nos três dias semanais que não definem uma eleição para todos em uma só vez, em cada seis anos, sem reeleição? Bom, barato e simples. O que fazem nossos políticos que não definem que para se eleger para um cargo seja para executivo, seja para legislativo, há a necessidade de conhecimento formal adquirido com alguns anos de escolaridade? Faltam-nos boas regras. Estamos vivendo a democracia paradoxal, isto é, estamos submetidos às minorias, quaisquer minorias. Entendo que democracia é o governo das maiorias, pois é por isso que se vota. Vamos nos livrar, Senador, da democratite, agora que a identificamos.
É democratite eleger o Tirica, o hipopótamo Cacareco e o macaco Tião. Iremos sempre perder de 7 a 1 no futebol; de 103 a 0 no prêmio Nobel e de 230 a 0 nas faculdades de ensino. Sabe o Senador o porquê? Porque aquele carrinho de mão, cheio de sugestões exibido pelo velho Ulisses Guimarães quando a Assembléia Constituinte elaborou a Constituição Cidadã, não teve nenhum daqueles textos lidos e, conseqüentemente, nada foi aproveitado. Foi escrito um monte de coisas, numa Carta Constitucional que em pouco tempo entrou em obsoletismo, mesmo antes de ser regulamentada. Todo o mundo sabe disso!
Precisamos acabar com este "monte" de Ministérios, cheios de funcionários parvos e Ministros de brinquedo. Precisamos sair da era medieval e acabar com a dicotomia de Casa dos Lordes e Casa dos Comuns. Precisamos enxugar o quadro de participantes em prol da produtividade. Da produtividade mesmo!
Políticos ineptos, boêmios de casaca e cartola no estafante clima do Rio de Janeiro encurralaram uma princesa caipira fazendo-a assinar a abolição da escravidão, jogando num átimo, milhares de negros na marginalidade cujas conseqüências ainda hoje se fazem sentir e outros ineptos descendentes daqueles, legislam bobagens na ânsia de corrigir as burrices do passado. Não fizeram melhor os que puseram o Marechal sobre o cavalo erguendo-lhe o quepe. Viva a Republica! Os republicanos, sabendo-se incompetentes para governar entregaram as rédeas da República para um militar porque não sabiam também o que um militar fazia, mas como ele montava a cavalo, devia entender de rédeas.
Bem, talvez fossem apenas indolentes, tal quais nossos congressistas modernos que viviam vociferando contra as MP dos últimos presidentes de nossos dias, sentindo-se ofendidos porque "leis" estavam funcionando pela edição do Executivo. É bem de ver que o que nossos congressistas precisavam fazer era levantar mais cedo, trabalhar mais do que o Executivo e se antecipar, não reclamar como crianças a quem lhe tinham roubado o pirulito.
Sai ano, entra ano e a reforma política não é feita. Não é feita porque não existe competência e nem interesse em fazê-la. A licenciosidade que vivemos pode descambar para o aparecimento de um novo Jânio Quadros e um novo Jango Goulart.
Tivemos um regime militar, não porque os militares tivessem se candidatado à administração do país, pelo gosto do cargo, pois nenhum ocupante permaneceu mais tempo do que o período regulamentar e nem tão pouco se propôs a um segundo mandato. Talvez ninguém se lembre que o homem da vassourinha estava mais preocupado com as rinhas de galo, os mega biquínis das banhistas, conferindo a Ordem do Cruzeiro do Sul para Che Guevara, reconhecidamente, um bandoleiro além de vasculhar os hotéis a procura de casais sem certidão de casamento. Tal qual um moleque, renunciou. Um pouco depois veio Jango, demagogo, refém dos sindicatos, mormente os portuários, que "patrocinavam" procissões de navios nos atracadouros e criaram mais de 70 documentos para descarregar uma reles mercadoria, cujos estivadores ainda subcontratavam ilegalmente e cobravam taxas de cunho ridículo, uma das quais tinha o nome de Taxa de Vexame porque consideravam degradante transportar vasos sanitários, papel higiênico e protetores íntimos. De quebra, um dos símbolos nacionais, a moeda, desvalorizava quase 90% ao ano, da mão ao bolso. Veja bem Senador, eu não li isto; eu vivi isto e lembro muito bem! Lembro também que nenhum militar foi acusado de roubo e nem se comportou tão infantilmente. Os presidentes militares no Brasil eram Homens. Homens com H maiúsculo. Hoje, bandidos condenados e sindicalistas, usufruem de sinecuras. As chamadas Redes Sociais difundem isto aos quatro ventos.
Mas, o distinto Senador sabe disto tudo e muito mais, não só porque estudou, mas porque vive os meandros da História, sabe se compor com os antagonismos e alcançar bons resultados mesmos nos ambientes adversos. Se a gente nada soubesse do seu currículo extenso de grandes realizações e a gente só soubesse da façanha que resultou na eleição do prefeito Udo Döhler, aqui em Joinville, já seria mais do que suficiente para reconhecê-lo como um grande homem e um político formidável de invejáveis habilidades.
Tal qual a canção de Roberto Carlos "... e tanta coisa prá dizer...", mas vamos ao que deveria ser dito desde o início.
Foi no mês passado que os senadores aprovaram a vigência da Zona Franca de Manaus até 2073. Está assegurada a tranqüilidade dos que tem seus vínculos importantes com a Zona Franca de Manaus por mais 59 anos. Isto não é pouca coisa. Talvez a aprovação tenha sido conseguida na base do "...quem não estiver contra permaneça como está. APROVADO!".
Ah! Que inveja que me deu. Tinha visto os senadores comemorarem mudanças no "Simples Nacional" incluindo uma série de pequenos empresários que vêem chorando há anos e, que com toda a certeza, precisavam ser olhados, pois que filhos de Deus parecem que também são. Fiquei atento para ver se os senadores por Santa Catarina, dois dos quais são de Joinville, importante município de uma das mais florescentes micros-regiões do país onde estão aportando novas tecnologias, tinham aproveitado a deixa para acrescer algo de bom. Não, nada foi acrescentado. Um deles não quer mais brincar de Senador e o outro deve ter esquecido ou não sabia o que fazer, e como não perguntou aos seus eleitores, nada fez.
Os nobres senadores sabem muito bem que o "Simples Nacional" tem um teto de R$ 3.600.000,00 de faturamento anual, já estabelecido há dois anos. A lei do "Simples Nacional" é muito boa, mas está mal regulamentada, pois além de ter um teto baixo, ela nem prevê correção pela inflação. Assim, os pequenos empresários que lutam por progredir ficam de "cú na mão" na dependência dos políticos ou do Executivo que não estão nem aí para atualizá-lo e adequá-lo à nova realidade.
Se nossos políticos soubessem um pouquinho de Aritmética e de Economia, melhorariam a tabela das alíquotas, extrapolando os valores pela curva existente de forma que as contribuições se tornassem paulatinamente convergente às estipuladas pelos regimes do lucro presumido ou do lucro real, sem dar "saltos" inviabilizadores do progresso das pequenas empresas. Os Contadores de todas as empresas fariam a indicação do ponto adequado à mudança e sem nenhum trauma. Isto, senhor Senador, é aplainar a estrada do progresso.
Para muitas empresas e, a minha é uma delas, esta necessidade já é premente para hoje, mas valeria como consolo se fosse garantida para 2015.
Faça, Excelentíssimo Senador, que meu voto tenha valido a pena!
Atenciosamente,
Seu eleitor.
Laurilo Scremin, com 82 anos de idade.
Joinville, 15 de setembro de 2014
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