A saúde dos servidores municipais de Santa Maria esteve em pauta nesta sexta-feira. A Câmara de Vereadores realizou uma audiência pública para debater a possibilidade de o Instituto de Previdência do Estado (IPE) estabelecer um convênio com Santa Maria. O presidente do órgão estadual, José Alfredo Pezzi Parode, esteve na cidade e disse que o IPE irá avaliar as reais chances de estender os serviços do instituto aos mais de 5 mil servidores municipais. A ideia é que o Piratini elabore um projeto de lei com o propósito de flexibilizar possíveis novos convênios com outras prefeituras. Porém, os termos deste projeto, que estaria em fase de elaboração, ainda não foram adiantados.
O vereador Manoel Badke (DEM), que integra uma Comissão Especial que acompanha o tema na Câmara, está esperançoso e sonha alto: até o começo de 2016 o município poderia ter o convênio firmado com o IPE. O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), que preside da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, também participou e espera uma sinalização concreta da direção do IPE.
Conforme relatou Badke à reportagem, o diretor de Saúde do instituto, Antônio de Pádua, que também passou por Santa Maria, sinalizou para a possibilidade de o Hospital da Brigada da cidade ter atendimento pelo IPE e, inclusive, ser aberto aos civis.
Atual plano custa caro, diz sindicato
O presidente do Sindicato dos Municipários de Santa Maria, Renato da Silva Costa, explica que a vinda do presidente do IPE ao município, por si só, é uma demonstração de disposição política:
_ Parece haver vontade política e, inclusive, uma previsão administrativa e de gestão de se incorporar outros municípios na lista de convênio com o IPE. Isso seria a solução para a situação atual que vivemos.
Costa sustenta que como a média salarial dos funcionários é baixa, muitos servidores não têm condições financeiras de ter o plano de saúde, que atualmente é gerido pela Unimed.
_ Muitos servidores não têm como pagar. Temos servidores, que são muitos, que ganham pouco mais R$ 800. Ou seja, para manter um plano de saúde (os servidores) teriam de comprometer até 90% do seu salário. É inviável _ afirma Costa.
Na modalidade atual, que utiliza a idade como referência, o servidor com mais de 59 anos paga mensalidade superior a de R$ 700.