Entre as novidades do novo milênio na área da segurança pública, sem dúvidas, está a entrada do Rio Grande do Sul no mapa das chacinas. Até os anos 90, os assassinatos múltiplos ocorriam eventualmente e por motivos diversos, como queimas de arquivo, passionais e vinganças.
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Porém, nos últimos anos o tráfico de drogas expandiu-se não só pelas grandes cidades, como também por municípios de portes médio e pequeno. E as periferias, como sempre, foram as áreas mais atingidas. Nelas, o crime, tendo o tráfico de drogas como principal base, ampliou-se de forma desorganizada. E sempre que o crime cresce desorganizadamente, a violência aumenta significativamente.
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Como forma de controlar territórios, quadrilhas, bandos ou facções já não lançam mão de expedientes como o de conquistar a simpatia de comunidades. O poder é exercido na base da força e da intimidação.
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É aí que entram as chacinas do Século 21. Por meio delas, os criminosos eliminam quem eventualmente lhes fique devendo, quem descumpra a lei do silêncio ou eventuais rivais. De quebra, intimidam o restante das comunidades para que não incorra nas mesmas atitudes.
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Nos cenários dos crimes, os assassinos não costumam distinguir ninguém. Mesmo que o alvo seja apenas um, disparos podem ser efetuados contra todos os que estejam no local, caracterizando as situações de "no lugar e na hora errada".