O protesto desta quinta-feira na BR-470, em Veranópolis, reúne caminhoneiros de várias regiões do Rio Grande do Sul e do Paraná. De Dom Pedrito, a 600 km de Veranópolis, Gilmar Severo, 40 anos, veio à Serra para a entrega de arroz.
Ele foi abordado pelos manifestantes e, no meio da manhã, preparava um chimarrão para passar o tempo. A preocupação mais urgente, naquele momento, era com a erva mate:
- Não tenho mais nem meio quilo - constata.
A exemplo dele, Jorge Lucas, 30, preparava um café com pão colonial para ele e os companheiros de viagem. A turma, de Canguçu e Capão do Leão, viajava em três caminhões e fazia o trajeto Rio Grande/ Nova Bassano, quando juntou-se a manifestação, depois das 6h.
De Maringá, no Paraná, Célio Sgorlon, já está há15 dias no Rio Grande do Sul para a entrega de veneno químico. Com colegas de profissão, buscava informações de outros estados:
- Em Santa Catarina está tudo normal, me disseram. Para o Paraná não consegui ligação. Alguém comentou que ligou para Goiás e que lá também tem manifestação.
Também há caminhoneiros de Bento Gonçalves, Nova Bassano, Passo Fundo, Erechim, entre outras localidades.
Os manifestantes estimam que cerca de 100 caminhoneiros integram o protesto na BR-470. O trânsito flui normalmente e a estrada não está bloqueada. Porém, quando os caminhões são abordados, o fluxo apresenta lentidão.
De acordo com Daian da Roz Claus, um dos manifestantes, está sendo providenciado almoço para os caminhoneiros.
- Temos nossos parceiros. O almoço será feito aqui, não sabemos se vai ser frango ou salsichão, mas ninguém vai ficar com fome. Por enquanto, tem pão, queijo e presunto para quem quiser - disse.
Paralisação nacional
Protesto na BR-470, em Veranópolis, reúne caminhoneiros do RS e PR
Cerca de 100 motoristas participam da paralisação na manhã desta quinta
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