A Procuradoria Jurídica da prefeitura de Santa Maria já recebeu dois orçamentos de preços para o serviço de demolição do prédio Galeria Rio Branco, o popular Elefante Branco. Segundo a procuradora, Anny Desconzi, os valores pedidos por empresas especializadas em demolições são inferiores aos R$ 4 milhões que o terreno valeria. Ou seja, compensaria demolir o edifício abandonado, desde os anos 1970, para usar a área. Anny não dá detalhes dos valores pedidos, pois outras empresas também vão enviar propostas de preços para o serviço.
Quando a Procuradoria concluir esse levantamento de custos, vai discutir com o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) qual proposta será apresentada ao Ministério Público. Como os laudos da Cientec apontam que a estrutura do edifício de 17 andares está ok, Schirmer prefere que o prédio seja mantido e concluído, o que teria um custo de R$ 17 milhões.
O prefeito já tem empresas públicas interessadas em investir na obra para ocupar o prédio, em parceria com a prefeitura. Porém, ele diz que a decisão sobre demolir ou concluir o edifício dependerá de uma análise dos custos e das questões legais.
Segundo Anny, também precisa ser avaliado que pode ser mais rápido e vantajoso demolir o prédio e usar o terreno para outra finalidade. Até porque, se Schirmer arrecadar o prédio para o município, dificilmente conseguirá concluir a obra do edifício até o final de seu governo, em 2016, deixando o caso para o próximo prefeito resolver. Dessa forma, a demolição pode ser mesmo uma saída para resolver o problema do Elefante Branco, que se enrola há décadas.