Convidado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) após a extinção da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS) mudou o discurso durante uma entrevista e deixou dúvidas sobre sua permanência no governo.
Pepe abriu uma coletiva na tarde de terça-feira, no Planalto, dizendo que aceitou o convite de Dilma para assumir a SDH, atualmente comandada por Ideli Salvatti. O gaúcho interrompeu a entrevista para atender a um telefonema. Ao retornar, condicionou seu futuro na Esplanada à nota oficial da presidente confirmando a nomeação para SDH.
Na primeira declaração, Pepe afirmou que Dilma o convidou e ele aceitou trocar de ministério, em vez de retomar seu mandato na Câmara.
- A presidente insistiu querendo que eu permanecesse na sua equipe. Eu acredito que não se deve dizer não a um pedido da presidência da República para ajudar o Brasil. Fiz isso em 2012 no MDA, fiz em dezembro do ano passado e faço agora quando ela pede para eu ficar na secretaria de Direitos Humanos - disse.
Depois de sair para atender a ligação, que durou três minutos, o gaúcho mudou a versão sobre seu destino.
- É importante dizer que a presidente não confirmou essa questão da SDH, não houve um comunicado oficial. Se ela quiser me aproveitar na sua equipe, eu aceito o convite.
A assessoria do ministro informou que ele deixou a coletiva para resolver um problema familiar. Depois de terminar a entrevista, ele conversou ao telefone com Dilma Rousseff, que ainda não oficializou uma possível ida de Pepe para SDH.