O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou a favor da suspensão de tratamentos psiquiátricos e qualquer tipo de terapia que tenha como fim a conversão da orientação sexual de homossexuais e transgêneros.
A resposta veio a uma petição criada no site da Casa Branca, e foi motivada pelo suicídio de uma jovem transgênero cujos pais submeteram à terapia para "consertar" sua orientação. A jovem Leelah Alcorn (batizada pelos pais de Joshua Alcorn), 17 anos, deixou um bilhete suicida em sua página no tumblr antes de antes de se atirar em frente a um caminhão em dezembro de 2014, descrevendo que sempre se sentiu "uma garota presa no corpo de um garoto" e culpando os pais por terem-na obrigado a frequentar médicos para ser "reparada".
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A petição pedindo a criação da Lei Leelah teve mais de 120 mil assinaturas.
"Essa noite, em algum lugar dos EUA, um jovem pode não conseguir dormir porque tem que carregar só um segredo que guardou desde sempre. Talvez, em breve, decida que chegou o momento de revelá-lo", escreveu Obama na resposta ao abaixo-assinado.
"O que ocorrer depois depende dele, de sua família, de seus amigos, professores e da comunidade. Mas também depende de nós, do tipo de sociedade que vivemos e do futuro que estamos construindo", completou o presidente americano.
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No comunicado divulgado pela Casa Branca, a assessora de Obama, Valerie Jarret, informou que o governo "apoia os esforços para proibir o uso de tratamentos de conversão em menores".
Embora alguns Estados proíbam que profissionais de medicina conduzam terapia de conversão, uma proibição nacional ainda é necessária- Estados mais conservadores ainda permitem o controverso procedimento, apoiados por grupos conservadores e religiosos.