Ainda é mantido em sigilo pela Polícia Federal (PF) quem e quantas são as pessoas que estão sendo ouvidas na investigação da Operação Medicaro, deflagrada há uma semana, em Santa Maria. O delegado Getúlio de Vargas afirma que a polícia vai trabalhar durante todo o feriado de Páscoa nos depoimentos, que começaram na última terça-feira.
Um inquérito que corre em paralelo também investiga o vereador João Carlos Maciel (PMDB), que mantinha medicamentos sem procedência no escritório do seu projeto social. De acordo com o advogado de Maciel, Mário Cipriani, o vereador ainda não foi convocado para prestar depoimento.
- Nós acreditamos que o delegado vai chamá-lo e queremos que isso aconteça - garantiu o advogado.
Cipriani teve o pedido de acesso ao inquérito e aos depoimentos colhidos pela PF atendido nesta quarta-feira. Segundo ele, nos áudios que teve acesso, nenhum dos depoentes se refere ao parlamentar como integrante do esquema de fraude.
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Como foi preso em flagrante, João Carlos Maciel foi indiciado na última quinta-feira por falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (artigo 273 do Código Penal) e, também, pela Lei de Drogas (artigo 33), por armazenar e distribuir medicamentos sem autorização legal.