Enquanto nos corredores da Câmara de Vereadores o assunto era, exclusivamente, a prisão de João Carlos Maciel, nos gabinetes o tema foi silenciado. A ordem do dia era não tocar no assunto para não expor a Casa. Em reunião a portas fechadas na sala da presidência, antes da Sessão Plenária na tarde de quinta-feira, os parlamentares decidiram "falar a mesma linguagem".
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_ A Câmara não recebeu nada. Nem por parte da Polícia Federal nem por parte do judiciário de alguma situação envolvendo o vereador (João Carlos Maciel). Vamos aguardar os desdobramentos. Esse caso, em tese, não tem nada que faça ligação com o mandato do vereador _ disse o presidente em exercício João Ricardo Vargas (PSDB), que substituía Sérgio Cechin (PP), que estava em viagem à Capital.
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Sem informações, muitos funcinários da Casa perguntavam à equipe do "Diário" o que tinha acontecido com o vereador.
Apesar da ausência de Maciel no Legislativo, o seu gabinete permaneceu aberto durante o expediente. No entanto, os assessores foram orientados por um dos advogados de Maciel, Mario Cipriani, a não comentar o assunto.
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Pela manhã, enquanto apresentava seu programa diário na Rádio Medianeira AM, Maciel foi chamado à sede do seu projeto social, onde ocorria a operação policial.
_ Foi tudo muito conturbado. Ele começou apresentando o programa e teve que sair porque chamaram ele na sede (programa social). Colocamos alguém lá para não deixar ninguém sem apresentar. Tivemos que correr e remanejar _ conta o diretor da Medianeira, padre Silvio Weber.
Conforme Weber, na sexta-feira o advogado de Maciel vai explicar, no programa da rádio, o que aconteceu com o vereador.
Em nota repassada pela assessoria da prefeitura, o chefe do Executivo, Cezar Schirmer (PMDB), que tem uma relação delicada com o seu colega de partido e líder do governo, Maciel que é um crítico aberto à prefeitura, sintetizou:
_ Tenho convicção que esse episódio será adequadamente bem esclarecido e será feita a justiça.
Em função da prisão, Maciel, que em 2014 teve 100% de presença, faltou a sessão de quinta-feira. Conforme o regimento interno, se não comparecer a cinco sessões plenárias consecutivas ou a 10 durante o ano pode perde ro mandato. Segundo o procurador-jurídico da Câmara, Glauber Rios, para evitar a perda do mandato, um vereador também pode pedir uma licença particular não remunerada de até 120 dias (quatro meses).
Silêncio
Vereadores decidem não comentar sobre prisão de João Carlos Maciel
Na tarde de quinta-feira, gabinete estava aberto, mas funcionários não comentaram o caso
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