Segundo Stédile, o MST, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outros agentes sociais sabem que o País vive um período de dificuldades, mas esperavam que a presidente pudesse levar em consideração suas propostas para sair da crise antes de cortar gastos sociais.
Entre as ações sugeridas por ele está o aumento do Imposto de Renda sobre o lucro das empresas transferido para o exterior e a criação do imposto sobre fortunas. No longo prazo, ele defende que o País acabe com a "frescura" de superávit primário.
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- Isso é herança do governo Fernando Henrique, de um acordo que eles fizeram com o FMI, que o governo tem que se comprometer primeiro em reservar para juros e depois para a educação. Nós queremos inverter - afirmou.
Stédile explicou que o MST foi às ruas esta semana com o objetivo de impedir a perda de direito dos trabalhadores e para defender a Petrobras:
- A empresa é zeladora, em nome do povo, da última riqueza coletiva que esta nação tem que é o petróleo. Fomos dizer para a burguesia não meter a mão no petróleo - argumentou, ao mencionar que a oposição teria propostas para privatizar a estatal.
Sobre as manifestações anti-Dilma programadas para este domingo, o líder do MST disse que os movimentos de direita têm o direito de protestar, mas "pegaram o mote errado" ao exigir o impeachment da presidente.
- Isso é algo ilegítimo, ilegal. Eles são burros, a direita é burra, porque ao levantar a bandeira do impeachment ela dá para a esquerda o dever de defender o legalismo. Se a bandeira do impeachment aumentar, temos que ir para todas as praças e assembleias do Brasil defender a legalidade, a Constituição brasileira.
MST
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