Após uma manifestação que percorreu a Esplanada dos Ministérios, na tarde desta segunda-feira em Brasília, desempregados do polo naval de Rio Grande ouviram do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que a solução para a crise vai demorar algumas semanas. A retomada da construção de plataformas de petróleo depende dos acordos de leniência das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato.
Somente após o acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), que exige o reconhecimento das fraudes e as consequentes punições, as empresas estarão liberadas para fechar novos contratos com a Petrobras. A discussão deve se alongar por três semanas, previu o ministro em reunião com representantes da Associação dos Desempregados e Empregados do Polo Naval do Rio Grande do Sul.
O aguardo do acordo de leniência estaria emperrando a negociação para a QGI retomar as construções das plataformas P-75 e P-77. A empresa desistiu das obras, já que não conseguiu firmar aditivos com a Petrobras para aumentar os valores dos contratos. O consórcio é composto pela Queiroz Galvão e Iesa, ambas investigadas na Lava-Jato.
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Enquanto ocorre a negociação com a CGU, Braga sinalizou que poderá solicitar ao Ministério do Trabalho a prorrogação do seguro desemprego para os trabalhadores de Rio Grande.
- O ministro se comprometeu com a gente. Vamos dar um voto de confiança - afirmou Jota Amaral, um dos integrantes da associação.
Antes da reunião da tarde desta segunda-feira, cerca de cem membros da associação dos desempregados fizeram uma manifestação, que saiu da Catedral de Brasília, percorreu a Esplanada, passou em frente ao Congresso e terminou no Ministério de Minas e Energia.
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Eduardo Braga, titular de Minas e Energia, afirmou que retomada da construção de plataformas de petróleo depende dos acordos de leniência das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato
Rodrigo Saccone/RBS Brasília
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