Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, o governador José Ivo Sartori explicou o corte de R$ 1,037 bilhão publicado no Diário Oficial de hoje. A ideia é, a partir do contingenciamento nas secretarias, diminuir a previsão do déficit do governo do estado de 2015 de R$ 5,4 bilhões para R$ 4,4 bilhões.
Sartori não garante pagamento integral dos salários em março
A cada mês, faltam R$ 400 milhões nos cofres do governo do Estado
Sartori prepara pacote de cortes mais profundo
De acordo com o governador, o primeiro conjunto de medidas - corte nas diárias, viagens, horas extras nomeações e contratos - representa uma economia de R$ 600 milhões no ano. Agora, o corte nas secretarias - que deve ser, em média, de 20% - poupará mais R$ 1,037 bilhão dos cofres do estado.
Sartori ressaltou que a situação financeira é difícil e que o enfrentamento é uma missão para mais de um governo e para toda a sociedade. A previsão do déficit dos próximos anos segue acima dos R$ 6 bilhões: R$ 6,1 bilhões, para 2016, R$ 6,7 bilhões, para 2017 e R$ 7,3 bilhões, para 2018.
- As finanças não estão no limite. Já passaram. - alarmou Sartori.
O secretário Giovani Feltes ilustrou que cada gaúcho nasce com uma dívida de R$ 6,84 mil - dividindo a dívida do estado entre os cidadãos - e elencou os 13 motivos para o Estado estar nesta situação - atribuindo boa parte dos problemas ao Governo Federal e ao governo de Tarso Genro.
Ao ser questionado repetidas vezes sobre o pagamento do salário do funcionalismo, o governador desconversou. Repetiu que o fluxo de caixa é diário e que governo faz o possível para pagar.
* Zero Hora
