O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira, já ter sido "julgado e condenado" em razão das acusações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada nas investigações sobre corrupção na estatal.
- Estou sendo acusado de ter participado de uma reunião que nunca ocorreu. É uma denúncia política - disse Pezão.
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O depoimento de Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava-Jato, serviu de base para a abertura de inquérito por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nessa quinta-feira. Além de Pezão, a investigação vai atingir o ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB).
De acordo com o delator, em 2010 Pezão, então vice-governador, e o então governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e o secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, participaram com ele de uma reunião para combinar a arrecadação de fundos para a campanha da reeleição ao governo fluminense. Cabral e Régis também negam as acusações.
Segundo a Procuradoria, Cabral e Pezão agiram juntos, com colaboração do ex-secretário, para receber R$ 30 milhões em 2010 de empresas contratadas pela Petrobrás para a construção do Comperj. No entendimento da Procuradoria, o recebimento da propina foi feito por meio do ex-diretor.
O ministro do STJ aceitou também pedidos da procuradora para efetuar diligências, a fim de aprimorar a investigação dos fatos narrados pelos delatores da Lava-Jato. No inquérito para apurar o envolvimento de Cabral, Pezão e Fichtner, a Procuradoria pediu que sejam coletados documentos, vídeos e registros de entradas e saídas do hotel Caesar Park em Ipanema, zona sul do Rio, onde teria ocorrido a reunião em 2010.
Nesta sexta, Pezão reclamou que só agora terá direito de defesa.
Operação Lava-Jato
Investigado na Lava-Jato, Pezão diz que já foi 'julgado e condenado'
Nesta sexta, Pezão reclamou que só agora terá direito de defesa
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