Ao contrário do que um site do Ministério da Justiça argentino informou, o procurador Alberto Nisman não estava alcoolizado na hora de sua morte. A página Infojus publicou um comunicado na quarta-feira dizendo que o promotor tinha 1,73 grama de álcool por litro de sangue, "o equivalente a um elevado estado de embriaguez ". Porém, segundo o La Nacion e o Clarín, a concentração foi encontrada no estômago - o que não configura embriaguez.
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O site do ministério publicou que "antes de morrer Alberto Nisman havia consumido uma grande quantidade de álcool. O relatório toxicológico elaborado pelo Departamento Forense determinou que o procurador federal tinha 1,73 gramas de álcool por litro no sangue (g/l), o equivalente a um elevado estado de embriaguez " e ainda dizia que "é comum que os suicidas consumam elevadas quantidades de álcool antes de acabar com a vida".
Porém, as bioquímicas Romina Rodríguez y Clara Inés Pereira, que fizeram a perícia toxicológica, informaram ao jornal Clarín, no dia 6 de fevereiro, que foi encontrada uma concentração 1,73 g/l de álcool no estômago do procurador.
Segundo o perito Raúl Torre, 1,73 g/l de álcool no sangue significa uma embriaguez parcial com visão turva e falta de coordenação motora. Mas, no estômago, é pouco e significa que o álcool recém havia sido ingerido.
Em janeiro, o procurador foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento, com um tiro na cabeça, às vésperas de apresentar a denúncia contra a presidente no Congresso. Um mês depois de sua morte, a investigação ainda não esclareceu se ele se matou, foi assassinado ou se teria sido induzido ao suicídio.