Começou pouco depois das 16h desta segunda-feira a reunião da direção executiva do Partido Progressista (PP) gaúcho para discutir o que fazer depois de seis deputados federais da sigla terem sido incluídos na lista de investigados por suposto recebimento de propina no escândalo da Petrobras.
Antes da reunião, o ex-deputado federal Vilson Covatti, único dos investigados que hoje está sem mandato, partiu para o ataque e afirmou que se trata de uma armação contra o partido:
- Se houve conspiração contra o partido, seja de quem for, temos de ter unidade e apresentar uma tese. O objetivo maior disso foi atingir o PP gaúcho. Ninguém acreditaria no envolvimento dos seis - disse Covatti, que negou o recebimento de mesada no esquema da Petrobras.
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Ele ainda disse não saber se na campanha de 2010 recebeu doação oficial do diretório nacional do PP. Segundo o delator Alberto Youssef, as doações legais por meio do diretório nacional do partido eram uma forma de pagamento de propina.
Acompanhe ao vivo a cobertura da reunião:
Covatti ainda criticou indiretamente a declaração do deputado federal Jerônimo Goergen, também incluído na lista de investigados, que afirmou, pela manhã, que o partido "tinha acabado".
- É muita pretensão dizer isso. O partido é muito maior do que nós - rebateu Covatti.
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O quórum da reunião está reduzido. Estão presentes somente três dos investigados: Covatti, Goergen e o deputado federal Renato Molling. Os outros três, José Otávio Germano, Luis Heinze e Afonso Hamm não compareceram, alegando estarem em viagem a Brasília.
Até agora, Goergen, anunciou que irá se licenciar da direção do partido enquanto estiver se defendendo das acusações. Outras medidas que poderão ser tomadas serão conhecidas somente após a reunião.
*ZERO HORA