A decisão sobre o possível parcelamento de salários de servidores, que deveria ser divulgada nesta sexta (20) pelo governo do Estado, ficará para a próxima semana. A folha de pagamento do funcionalismo que começaria a ser gerada nesta sexta, será atrasada e só será fechada na semana que vem. As informações são da Rádio Gaúcha.
A afirmação foi feita pelo chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter na tarde desta quinta-feira. Segundo Biolchi, é preciso aguardar o depósito do ICMS da indústria, que vence no próximo sábado e, por isso, grande parte das empresas deve fazer o pagamento durante a segunda. Na terça-feira será possível ter um panorama da situação financeira.
- A expectativa é que, até lá, possamos ter concretizado, o que hoje é uma previsão. Hoje é temerário antecipar. Não decorre de uma vontade politica de governo, nós queremos ter condições de cumprir com nossas obrigações - disse.
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Se não sofrer atraso, o depósito dos salários dos funcionários será feito na próxima sexta, segunda e terça-feira. Biolchi ainda destacou que a arrecadação do ICMS do comércio teve queda na ordem dos R$20 milhões. O secretário também frisou que o primeiro decreto assinado pelo governador José Ivo Sartori para reduzir as despesas, permitiu que o Estado cumprisse com os compromissos até agora.
- Na metade do mês de fevereiro, tínhamos uma projeção de falta de quase R$50 milhões para conseguir rodar a folha e em virtude da economia com o decreto foi possível manter o pagamento em dia - disse.
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Foi publicado no Diário Oficial do Estado, nesta quinta, um decreto que corta os gastos das secretarias em pelo menos 20%. Segundo o governador José Ivo Sartori, foi determinado também que 35% dos cargos de confiança das pastas não serão ocupados, além de limitação no número de diárias. A economia deve chegar a até R$ 1 bilhão, mas, segundo Sartori, as medidas não serão suficientes para reduzir o déficit de R$ 5,4 bilhões.
Desde que o governo anunciou a possibilidade de parcelamento de salários, quinze entidades já entraram na justiça para evitar que isso aconteça. Nove delas já obtiveram liminar favorável.