A queda no valor das ações da Petrobras no último ano afetou a rentabilidade dos trabalhadores que investiram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ações da estatal. A aplicação em qualquer um dos três fundos de investimento da companhia, no entanto, ainda é mais vantajosa do que deixar o dinheiro parado no próprio FGTS.
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Criados em 2000, os três fundos mútuos de privatização (FMP) permitiam que trabalhadores investissem até metade do valor que tinham no FTGS em papéis da petrolífera. O mais vantajoso rendeu 173% no período. O menos lucrativo rendeu 154%, desempenho ainda bem melhor do que o FGTS no período, 94,3%.
Mesmo assim, o rendimento dos fundos está longe do que já foi no passado. Em 2010, ano em que estatal fez uma nova capitalização no mercado, o rendimento era de quase 900% em relação a 10 anos antes. Desde que a ação chegou ao auge da valorização, porém, o rendimento do fundo acumula queda de 86%.
Mesmo com o recuo, sair da aplicação agora pode não ser a melhor escolha. Isso porque a única alternativa seria transferir o dinheiro para fundos como o FGTS-Vale ou retornar para o fundo de garantia tradicional, que rende apenas 3% mais a variação da Taxa Referencial.
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- A melhor opção para o trabalhador é esperar o valor da ação volte a subir, a menos que possa sacar o valor - afirma Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo Devido ao Trabalhador.
O resgate do valor só pode ser feito em determinadas condições como aposentadoria, demissão e tratamento de doenças graves.